A Delegacia de Acidentes de Veículos da Capital continua com as investigações sobre o caso do atropelamento de um pedreiro em via preferencial para ciclistas, ocorrido nas primeiras horas da manhã do dia 1º de janeiro, no bairro de Quadramares, em João Pessoa.
Segundo a delegada Cléa Lúcia Gomes, que está presidindo o inquérito, uma equipe de investigadores foi até o local do acidente na tarde da quinta-feira (2) e fez um relatório sobre tudo o que foi coletado, bem como foram solicitadas as imagens do local e arroladas novas testemunhas.
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“Nós estamos juntando esse relatório aos autos do inquérito policial e vamos ouvir outras pessoas, no entanto, essas novas testemunhas se reservaram ao direito de não terem seus nomes divulgados. Além disso, nossos agentes visitaram a família da vítima, que também será ouvida, e fotografaram o local do acidente. Estamos juntando ainda as imagens feitas por câmeras de uma floricultura e de uma escola próxima”, informou a delegada Cléa Lúcia.
O inquérito foi instaurado durante o plantão do dia 1º de janeiro, mas agora segue com diligências pela Delegacia de Acidentes de Veículos.
Entenda o caso
O pedreiro Walmir Pedro de Brito, de 43 anos, saiu de casa para trabalhar de bicicleta por volta das 06h00 do dia 1º de janeiro de 2020, no bairro de Quadramares, zona sul de João Pessoa. Ele trafegava na ciclofaixa quando foi surpreendido por um carro em alta velocidade, que o atropelou. Walmir foi socorrido em estado grave para o hospital de trauma de João Pessoa e na tarde da quinta-feira (2) teve morte cerebral confirmada.
A princípio, houve muita confusão na hora do acidente porque havia um casal dentro do carro e não se sabia quem estava dirigindo o veículo. O homem afirmou que vinha deitado no banco de trás e a mulher era quem estava ao volante. Em exame realizado na delegacia foi confirmado que ele havia ingerido bebida alcoólica e a mulher não tinha bebido. O casal foi liberado porque não houve situação de flagrante.
Ela assumiu a responsabilidade pela direção e foi indiciada por lesão corporal culposa, mas as investigações continuam e novos fatos podem mudar o entendimento do caso. Com a morte da vítima já confirmada, ela passará a responder por homicídio culposo e não apenas por lesão corporal como vinha sendo considerado até agora.