STJ mantém prisão de pastor acusado de aplicar golpe milionário em fiéis, na PB

Ministra negou o habeas corpus alegando que a prisão tem o objetivo de "garantia da ordem pública"

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, manteve a prisão preventiva do pastor Péricles Cardoso, investigado por aplicar golpes de cerca de R$ 2 milhões em fiéis de uma igreja em João Pessoa.

A ministra negou o habeas corpus alegando que a prisão tem o objetivo de “garantia da ordem pública”.

“Verifica-se que o decreto de prisão preventiva destacou o fato de que o paradeiro do paciente era ignorado e consignou que os prejuízos atribuídos ao ora paciente eram “da ordem de dois milhões de reais”, o que pode indicar a necessidade da custódia para garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, decidiu Thereza.

O pastor Péricles Cardoso de Melo foi preso no último dia 1º de novembro. Ele se apresentou à Justiça após membros de uma igreja que ele liderava, no bairro de Mangabeira, João Pessoa, denunciarem o golpe.

A prisão preventiva do líder religioso foi decretada no final de setembro, mas as autoridades não haviam conseguido localizá-lo.

No início do mês de outubro, o pastor havia se pronunciado pela primeira vez negando as acusações. Em um vídeo compartilhado pela defesa do pastor, ele nega que tenha roubado o dinheiro, afirmando que não conseguiu pagar as dívidas feitas para as obras da igreja nos cartões dos membros da congregação.