Parceria entre associação de turismo e UFPB resgata produção de café em Areia

A Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia-PB (Atura), está envolvida em um projeto que vai se tornar o mais novo produto do município, a produção de café gourmet.

A Atura teve a ideia de retomar o cultivo do café e buscou o campus de Areia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que realiza um projeto de pesquisa na área.

No fim do mês de junho deste ano, a UFPB, por meio de uma carta proposta elaborada pelo Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais – CCA/UFPB, explicou como poderia funcionar essa parceria, com a aquisição de sementes certificadas e outros insumos necessários para produção de mudas de café feita pela Atura.

O ato pôs em prática o desejo da Atura em retomar o cultivo de café na região, agora com uma finalidade mais gourmet.

A cafeicultura tem grande importância econômica, social e cultural para a
população brasileira. O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da água.

A cadeia produtiva do café gera empregos para milhões de pessoas no mundo todo. O Brasil é o maior exportador e o segundo maior consumidor de café, o que faz com que essa cultura tenha papel de grande destaque na economia do país.

A cultura do café já foi muito importante para a região do Brejo  da Paraíba,
gerando riqueza e trabalho para centenas de famílias. Areia se destacou como um dos municípios com maior produção. Acredita-se que no auge da cadeia cafeeira na região, o município chegou a possuir cerca de seis milhões de pés de café.

O projeto de retomada da cafeicultura conta com o desenvolvimento de uma unidade demonstrativa na UFPB e o plantio de novos experimentos na Fazenda Chã do Jardim, com variedades de café arábica, são elas : Mundo Novo, Catuaí Vermelho, Catuaí Amarelo e Bourbon Amarelo.

A associação investiu na aquisição das sementes e a produção das mudas ficou a cargo do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais da UFPB.

Essa ação da UFPB faz parte do projeto de pesquisa Resgate da Cafeicultura no Brejo Paraibano. O projeto existe desde 2017 e atualmente conta com dois experimentos, avaliando 28 materiais genéticos de café arábica.

A produção das mudas está prevista para iniciar em outubro. A muda de café demora cerca de seis meses pra ficar pronta, para na época chuvosa do ano que vem, elas estarem no ponto para plantio.

As próximas ações estão previstas para esta semana, com uma visita técnica aos experimentos com representantes da Atura, no próximo dia 30 de agosto, às 8h, e uma colheita experimental agendada para a próxima quinta-feira, dia 01 de setembro.

A ideia é que a Atura inicie o plantio do café em suas propriedades no ano que vem, transformando em realidade a Rota Cultural do Café, em Areia.
“Pretendemos criar a rota do café e inseri-la no trade turístico da região. Será um produto novo que prima pela qualidade pelo associativismo, visando também a geração de renda . Nosso objetivo não é produzir café em larga escala, e sim cultivar em terroas, mobilizando a agricultura familiar, resgatando uma história econômica do brejo paraibano”, explicou Leonaldo Alves, presidente da Atura.