O empresário paraibano e dono da BraisCompany, Antônio Neto Ais, foi convocado para depor na CPI das Pirâmides Financeiras de Criptomoedas, da Câmara dos Deputados. Requerimento (nº 12/2023) para Ais ser ouvido é assinado pelo propositor da Comissão, o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).
- BraisCompany: Justiça inicia venda de bens apreendidos avaliados em mais de R$ 6 milhões
- Saiba tudo sobre o Caso BraisCompany
“Requer que seja convidado o sr. Antônio Inácio da Silva Neto, sócio da Braiscompany, para prestar esclarecimentos acerca das suspeitas de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa”, diz trecho inicial do documento.
Ais atualmente encontra-se foragido do Brasil, foi um dos alvos da Operação Halving, instaurada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano.
No requerimento, Ribeiro expõe que a empresa apresentou aumento exponencial durante a pandemia, com crescimento de 6.000%, iniciando o ano de 2020 com capital de R$ 400 mil e chegando a 2021 com R$ 25 milhões.
“Esse crescimento vertiginoso e a expectativa de expansão internacional, com promessas de altos rendimentos mensais, no entanto, transformou-se em suspeita de fraude e de ser uma pirâmide financeira. Nos últimos quatro anos, seus sócios movimentaram valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas a seus nomes”, versa outro trecho do documento.
Ainda conforme o requerimento, a BraisCompany “com oferta de estratégias inovadoras para gerenciar criptomoedas com foco em “performance e consistência”, prometia lucros que chegavam a 8% ao mês e que, segundo seu site, alcançaram resultados que chegaram a 83,28% em 2023 e 87.44% em 2022. Contudo, foram apuradas inúmeras reclamações de consumidores contra a empresa, e investidores começaram a relatar atrasos no pagamento dos contratos já ao final de 2022”.
Ribeiro também cita o procedimento instaurado contra a BraisCompany pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em janeiro deste ano, bem como a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em maio.
Confira documento
Loading...
