Em entrevista ao Paraíba Já, nesta sexta-feira (20), a vereadora Eliza Virgínia (PSDB), rebateu as declarações do representante do Movimento do Espírito Lilás (MEL), Renan Palmera (PSOL), que afirmou que a tucana era “oportunista” e de “limitada intelectualmente”.
“Eu não usei de oportunismo, porque eu não convidei Jair Bolsonaro, o meu mandato foi solicitado a traze-lo à Casa Napoleão Laureano pelo povo. Foi uma proposta feita pelo movimento pró-Bolsonaro e eu aceitei”, explicou Eliza Virgínia.
A vereadora ainda ressaltou que o seu mandato tem visibilidade própria e assegurou que não precisa de nenhum outro artifício para que seu trabalho seja visto.
“Eu não estava buscando trazer nenhum ícone da política brasileira para dar visibilidade ao meu mandato. Meu mandato tem luz própria. E eu sou simpatizante aos pensamentos de Bolsonaro. Mas se eu não fosse, ainda votaria para que ele viesse. Porque eu defendo que todas as linhas politicas tenham liberdade em falar na casa legislativa”, enfatizou a vereadora.
Quanto as declarações de Renan Palmeira sobre as limitações intelectuais da tucana, ela contestou o posicionamento do militante do movimento LGBT com algumas perguntas.
“Eu sou limitada intelectualmente por quê? porque eu defendo o que ele não defende? porque sou contra ao que o movimento LGBT é a favor? porque eu sou contra por exemplo ao que está sendo votado no Supremo Tribunal Federal, o uso do banheiro público para ambos os sexos conforme a identidade de gênero? eu sou contra isso e é considerado limitação ideológica? eles vão ter que ditar o que devo ou não falar, o que eu devo ou não defender?”, questionou Eliza.
Minorias
Para a vereadora o movimento LGBT e o movimentos das minorias são ditadores de suas opiniões, intolerantes e não aceitam um posicionamento contrário.
“O movimento LGBT, o movimento feminista, os movimentos da minoria, todos eles têm a tendência de nos acusar de intolerantes. Mas com a mesma força que eles nos acusam, eu também os acuso”, acusou.
Protesto
Eliza recriminou a maneira como o protesto foi conduzido, e afirmou que, em sua opinião, os manifestantes estavam querendo retirar o direito de expressão dos que estavam presente na Casa Napoleão Laureano.
“Chegaram na Câmara armados de faca, de foice, de flecha, de arco. São essas pessoas que se dizem minoria e que querem liberdade de expressão, que querem voz pra falar? acredito que não. Para mim são baderneiros, são pessoas que vem calar, são pessoas que vem tirar a liberdade de expressão. Isso é muito interessante pra eles, porque ai só fica a voz deles. Porque não vem com debate, com os questionamentos que querem de forma ordeira, organizada e civilizada?”, criticou.