A empresa XLand Holding Ltda., empresa suspeita de aplicar um golpe financeiro envolvendo criptomoedas em jogadores e ex-jogadores do Palmeiras, como Gustavo Scarpa e Mayke, foi destaque no Fantástico do último domingo (12), e o Paraíba Já apurou que a companhia que tem filial no Acre, também tem uma filial na Paraíba.

A empresa em João Pessoa foi aberta em agosto de 2022, período em que os atletas iniciaram as ações de distrato junto à empresa de Gabriel Nascimento e Jean Ribeiro. A sede da XLand Holding está localizada num empresarial no bairro Bessa, na capital paraibana.

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Empresarial que abriga sede da XLand, em João Pessoa (Foto: Reprodução/GoogleMaps)

A sede da marca acreana fica próxima da sede pessoense da BraisCompany, financeira paraibana que foi alvo de operação da Polícia Federal por suposta pirâmide financeira e demais crimes contra o sistema financeiro.

Reportagem do Fantástico, da TV Globo, destacou que jogadores e ex-jogadores do Palmeiras denunciaram os donos da XLand por estelionato.

Um dos donos da empresa que aluga criptoativos, Nascimento segue Antônio Neto Ais, dono da BraisCompany, no Instagram.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Caso XLand

A XLand, empresa que tem esta filial em Rio Branco, no Acre. A WJLC, empresa de Bigode, tem uma parceria com a XLand.

Em junho de 2020, Willian repassou para Scarpa um arquivo da Xland e escreveu: “Essa apresentação é sobre criptomoedas que conversamos”. Scarpa começou então a fazer investimentos com a Xland. No contrato, a promessa: lucro de “até 5% ao mês”.

Scarpa começou então a fazer investimentos com a Xland. No contrato, a promessa: lucro de “até 5% ao mês”. Por exemplo: quem investisse R$ 100 mil teria até R$ 105 mil na conta depois de 30 dias – um rendimento muito acima do normal.

Um dos donos da Xland é Gabriel Nascimento, de 30 anos. Para tentar convencer o futuro investidor, Gabriel dizia que a Xland tinha reservas financeiras astronômicas.

Gustavo Scarpa começou a estranhar as promessas. E em agosto do ano passado, ele comunicou à Xland que queria fazer o resgate de parte do seu dinheiro. Foi quando ele passou a desconfiar que o investimento dos sonhos podia ser um golpe.

O dono da Xland dava uma desculpa atrás da outra.

Há mais de dois anos, o Ministério Público do Acre abriu uma ação civil pública contra a Xland. Além disso, a empresa responde a três processos na Justiça do Acre. A acusação: um calote nos investidores de mais de R$ 2 milhões.

Na quinta-feira, em depoimento à polícia, Willian Bigode e a sócia dele, Camila, afirmaram que foram vítimas: que confiavam nas promessas da Xland, fizeram investimentos e também perderam dinheiro. O atleta disse que levou um calote de R$ 17,5 milhões.

Gabriel Nascimento, dono da Xland, também se disse vítima: vítima da FTX, a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo. A FTX faliu em novembro do ano passado. Investidores do mundo inteiro tiveram prejuízos.