O vereador Bruno Farias (PPS) analisou, na manhã desta quinta-feira (14), a imagem que a chapa do irmão gêmeo do prefeito de João Pessoa, Lucélio Cartaxo (PV), e da esposa do prefeito de Campina Grande, Micheline Rodrigues (PSDB), transmite para a sociedade. Para ele, o familismo dá destaque à formação de chacota, como a denominação de chapa ‘Maninho e Mozinho’.

“Eu fico muito triste em ver na disputa eleitoral candidatos sem credenciais políticas, sem experiências administrativas. A Paraíba talvez seja o único Estado da federação em que na disputa para eleição de governador, a consanguinidade tenha mais importância do que a trajetória e experiência. Que retrocesso. Parece que voltamos à década de 30, ao século passado, em que os laços familiares eram mais fortes, preponderavam sobre as experiências exitosas”, disse.

Segundo Bruno, as outras pré-candidaturas que estão postas fogem da lógica do familismo. O vereador elogiou e ressaltou as trajetórias de José Maranhão e João Azevêdo em contraste com a chapa do ‘maninho e mozinho’.

“Nós temos como pré-candidatos o senador Maranhão, e é preciso dizer que é um homem de uma trajetória política limpa, mais de cinco décadas de trajetória sem nenhuma nesga que venha manchar sua história e eu estou falando de um líder político que nunca mereceu meu apoio, mas faço esse reconhecimento público; nós temos do outro lado um outsider, que é o secretário, o engenheiro, João Azevêdo, que nunca disputou mandato, é bem verdade, mas há 40 anos milita na administração pública. Foi secretário de Carneiro Arnauld, auxiliar de Wilson Braga e de Tarcísio Burity, como secretário de Ricardo na Prefeitura de João Pessoa e no Governo do Estado. E nós temos os candidatos escolhidos pela consanguinidade, uma chapa familiar, que é apelidada nos bastidores de chapa ‘maninho e mozinho'”, ironizou.

Para concluir, Bruno lembrou que a Paraíba é um dos estados mais pobres do Brasil e que os rumos da gestão não podem ser decididos em “almoço de família” no domingo.

“A Justiça Eleitoral não é Vara de Sucessão, não. Urna não é testamento. E as coisas da política da Paraíba resolvidas num almoço de família de domingo. É assim que essa Paraíba de meu Deus, tão sofrida, com recursos tão parcos, um dos Estados mais pobres deste país, vai entrar na disputa eleitoral. Sucessão eleitoral não é sucessão hereditária”, finalizou.