Veneziano diz que dados revelam maquiagem dos leitos em CG: “elucidou às dúvidas”

Em entrevista ao F5, o senador elogiou a reportagem do portal Paraíba Já que retratou o cenário atual das ocupações de leitos em Campina Grande

Senador Veneziano Vital do Rêgo - Foto: Arquivo

O senador Veneziano Vital do Rêgo, em entrevista ao programa F5 desta sexta-feira (28), elogiou a reportagem do portal Paraíba Já que retratou o cenário atual das ocupações de leitos em Campina Grande e apontou uma ‘maquiagem’ nos números de enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupados e disponíveis para atender paciente com Covid-19 na cidade. Para Veneziano a matéria foi de extrema importância “para elucidar o que estava no campo das dúvidas”.

“A reportagem, extremamente bem feita, elucidou situações de uma gestão inexiste do ponto de vista administrativo, como é a atual. Aquilo que sempre foi do conhecimento nosso, pelo ouvir dizer, por informações, por denúncias, isso se comprova com a reportagem extremamente cheia de detalhes que os companheiros jornalistas bem o fizeram”, explicou.

Veneziano relembrou que no início da sua gestão Bruno seguia o exemplo do presidente da Repúblida, Jair Bolsonaro (sem partido), e não usava máscaras, nem cumpria o distanciamento social e ainda criticava as políticas de prevenção adotadas pelo governador do Estado, João Aezevêdo (Cidadania), para conter a proliferação do vírus.

“Desde janeiro, fevereiro o prefeito era contra medidas mais restritivas. Nós tivemos um período de 10 dias, antes do dia das mães, onde o governador e sua equipe estabeleceram medidas mais duras e mais drásticas, para que evitássemos uma nova escalada de contaminação e proliferação [do vírus]”, relembrou.

Veneziano ainda ressaltou a importância da reportagem ter revelado que o fato do prefeito manter a cidade na bandeira amarela e laranja, ao omitir o real número de leitos de UTIs disponíveis e ocupadas, deixava Campina Grande numa zona confortável de flexibilização das atividades econômicas.

“Em Campina Grande o discurso era outro, que não poderia ser feito dessa forma [as restrições], que a cidade estava em numa situação administrável. Eles traziam números do Hospital Pedro I, de que não havia o preenchimento das vagas de UTIs e com esses números eles estavam sempre em bandeira amarela e laranja, mas nunca bandeira vermelha, que requeria as medidas mais drásticas. Essa era a estratégia. Aí, essa reportagem mostra quais eram os seus propósitos”, relatou.

O negacionismo do prefeito Bruno Cunha Lima (PSDB), sobre a gravidade da pandemia na cidade, que se alia a política pregada nacionalmente por Bolsonaro, também foi criticada pelo senador.

“A prefeitura de campina dizia que a situação na nossa cidade era administrável. Quando o prefeito, para fazer palanque eleitoral, sem ter o que apresentar, porque foi eleito sem qualquer projeto administrativo, começou a sua passagem na prefeitura fazendo cabo de guerra, contestando simplesmente por contestar, a final de contas ele se alia ao fundamentalismo e negacionismo do presidente da República. Ele não usava máscara, recebeu o presidente no aeroporto João Suassuna sem usá-las, assim como o ex-prefeito, porque não podiam contrariar Bolsonaro, ou mostrar que eles valorizam a vida, os cuidados para evitar a contaminação”, criticou.

Assista entrevista de Veneziano ao F5 a partir da 1h30: