Foram 66 anos de história do Jornal Correio da Paraíba, que terá suas últimas páginas neste sábado (04). Fundado em 1953 por Teotônio Neto, desde sua concepção, o periódico conseguiu ser o mais importante da Paraíba, desde a década de 90, quando assumiu a liderança até o anúncio do seu fechamento.
O Correio vem resistindo ao avanço digital e, dos jornais privados que circulavam no Estado, é último a fechar suas portas depois de O Norte, com quem rivalizou por décadas, Diário da Borborema e Jornal da Paraíba, este extinto em abril de 2016.
Ao longo de 67 anos de história, o Correio da Paraíba deu origem a outros braços do que posteriormente se transformou no Sistema Correio de Comunicação, com emissoras de rádio, televisão e portais de notícias.
O veículo cobriu durante essas seis décadas pautas e assuntos de impacto na Paraíba, cobertura eleitoral, entrevistas exclusivas e reportagens investigativas, sendo reconhecido em premiações locais e nacionais.
Um dos fatos mais marcantes da história do Correio foi a morte de Paulo Brandão, então sócio-proprietário do Sistema Correio. Ele foi assassinado em 13 de dezembro de 1984. O homicídio virou um “holocausto”para o grupo, no dizer do seu presidente Roberto Cavalcanti.
O Jornal Correio consolidou a carreira de inúmeros profissionais da mídia paraibana. Rubens Nóbrega, Giovani Meirelles, Lena Guimarães (in memorian) e Walter Galvão estão nessa galeria. Atualmente, o veículo vinha sendo dirigido pela jornalista Sony Lacerda. Na empresa, ela passou por todas as funções: de repórter a editora-geral.