Investigações apontam que, entre os beneficiários do esquema de invasão de terrenos na Praia de Sol, em João Pessoa, aparecem servidores públicos residentes na Capital e em cidades do interior do Estado.
Apontada como líder da organização acusada de invadir a Fazenda Paratibe e comercializar lotes ilegais, Cláudia Alves Bezerra teria cooptado servidores públicos, quem também se beneficiariam do esquema.
De acordo com as investigações, os servidores ganhariam lotes na área invadida em troca de auxílio a lideranças do movimento junto a órgãos públicos – o que em tese configuraria crime de advocacia administrativa, conforme o artigo 321 do Código Penal.
Ainda segundo as investigações, há fortes indícios do envolvimento de Claudia Alves Bezerra com os seguintes agentes públicos:
– Anatanael Rodrigues, lotado na Prefeitura de João Pessoa;
– Fabiola Marçal, lotada no Estado;
– Genildo Alves, lotado na Prefeitura de João Pessoa;
– Jessica Daiana, lotada no Estado;
– Joana Darc Bezerra, lotada no Estado;
– Lucas Juvino, lotado na Prefeitura de Bayeux;
– Manoel P. da Silva, lotado Prefeitura de João Pessoa;
– Maria José Melo, lotada na Prefeitura de João Pessoa.
Conforme investigações da Secretaria de Segurança do Município, os servidores públicos supostamente ligados a Claudia Alves Bezerra municiariam os invasores com informações e proteção dos órgãos aos quais atuariam.
A Secretaria de Segurança também investiga denúncias da participação de políticos no suposto esquema comandado pó Claudia Alves.
O que diz Claudia Alves
Claudia Alves tem dito através das redes sociais que não comercializa terrenos na praia do Sol. Ela se diz vítima de perseguição e de fake news nas redes sociais, usando imagem da sua casa. Claudia se diz ainda uma “pessoa do bem” e nega vínculos com grupos de extermínio.