Rumblr, Tubby, Pooper e mais aplicativos que nunca existiram de verdade

Aplicativos oferecem várias funções úteis no dia a dia e registram milhões de downloads nas lojas oficiais Google Play e App Store, para Android e iPhone (iOS), respectivamente. No entanto, alguns deles causaram polêmicas na Internet por nunca terem existido, conforme anunciado. Este é o caso do Rumblr, plataforma “estilo Tinder” para desafiar alguém para uma briga ou do Tubby, que supostamente permitiria ao homem dar nota para o desempenho sexual das mulheres. Ainda teve o Pooper, ideal para os donos que estivessem sem disposição para recolher a sujeira de seus cães.

A confusão nos usuários também foi causada pelo LIVR, responsável por incentivar as pessoas a se embriagarem, e Peeple – Yelp for Humans, que prometia uma plataforma na qual os usuários pudessem avaliar amigos, colegas e familiares. Esses falsos serviços foram impulsionados por vários sites e algumas dessas aplicações tinham, na verdade, teor de protesto, reflexão ou ironia ao mundo virtual. As propostas incomuns ou antiéticas alavancaram o alcance desses aplicativos que nunca foram desenvolvidos.

1. Rumblr

O polêmico Rumblr foi um anúncio que ganhou notoriedade por incentivar a violência através de aplicativos. Supostamente, os interessados deveriam fazer um cadastro e selecionar outras pessoas inscritas na plataforma para duelar em uma briga. A interface com as opções de “Fight” (“Brigar”) e “Pass” (“Pular”) e a chance de dar match – quando ambos quisessem a disputa – se assemelha ao Tinder, serviço de paquera online. A farsa estaria disponível nos sistemas operacionais do Google e da Apple.

Para facilitar o encontro violento, a função “Rumblr Explore” aumentaria as chances ao exibir mais pessoas próximas da região do usuário. A pegadinha repercutiu em sites famosos como New York Daily News, Metro, The Daily Mirror, Vice e The Independent, o que despertou ainda mais a atenção do público. Após o suposto lançamento, a empresa responsável pela brincadeira confirmou que não passava de uma estratégia de marketing.

2. Tubby

O intuito do Tubby era criticar a objetificação das pessoas e isso ficou explícito no dia programado para o lançamento da plataforma. A iniciativa tinha o objetivo de protestar contra o aplicativo Lulu, no qual havia uma função responsável por registrar a nota de mulheres sobre homens. Na época, os critérios eram humor, aparência e primeiro beijo, além de hashtags para descrever outros aspectos.

O suposto Tubby seria útil para avaliar sexualmente a performance feminina, de maneira anônima. Na data de chegada do serviço a Google Play, foi exibido um comunicado em coreano. Nas legendas aparecia a mensagem: “Pessoas não são objetos e a intimidade de um relacionamento, por pior que tenha sido, não pode ser exposta dessa forma”. Hoje, o Lulu não disponibiliza mais o sistema de avaliação para homens.

3. Pooper

O sistema do Pooper seria uma espécie de “Uber da limpeza de cocô de cachorro” – isso porque a plataforma garantia um sistema em que seria possível contratar ou ser contratado para recolher as necessidades caninas. O projeto artístico foi uma brincadeira para denunciar a obsessão das pessoas por aplicativos de serviços. A proposta alcançou até os investidores de negócios que, assim como diversas pessoas, se interessam pela iniciativa fictícia.

O suposto app recebeu centenas de inscrições, tanto de pessoas interessadas em contratar quanto de coletores. Os idealizadores Ben Becker e Elliot Glass discutiram por dias sobre o projeto de parodiar inovações tecnológicas e brincar com soluções de problemas que, a princípio, não existem. Em uma das frases de efeito usada na campanha do Pooper era: “Cansado de pegar o cocô do seu cachorro? Agora existe um aplicativo para isso”. Questionar a credibilidade da Internet também foi um dos motivos da dupla responsável pela sátira.

4. LIVR

A campanha de marketing foi capaz de convencer o público sobre a utilidade do LIVR. A principal função prometia analisar o teor alcoólico de uma pessoa bêbada e, então, só após confirmar a embriaguez, permitir o uso da rede social. Para detectar o nível de álcool do usuário, um suposto dispositivo precisaria ser conectado ao celular. Entre as vantagens para os interessados era a possibilidade de jogar “Verdade ou desafio”, brincadeira conhecida por explorar questões íntimas da vida dos participantes.

A verdade veio à tona quando o suporte para conectar no celular não seria tão barato quanto o preço divulgado de US$ 5 (cerca de R$ 19,31 em conversão direta). Isso porque o objeto seria difícil de ser produzido. Além disso, o principal programador do sistema Avery Platz era, na verdade, um nome fictício de Matt Mayer, um comediante.

5. Yelp for Humans

A lista de exageros nos aplicativos também inclui o aplicativo Peeple – Yelp for Humans. A farsa foi descoberta por usuários da web e o motivo para a comoção se dava pela possibilidade dos usuários do aplicativo darem uma nota, com comentários e avaliações das pessoas com quem convivessem. Algumas pistas como o rápido desenvolvimento do serviço em 90 dias e nenhuma citação do app em uma entrevista da suposta criadora, Julia Codray, fortaleceram os rumores de ser uma pegadinha.

Para aumentar mais a repercussão sobre a chegada da plataforma, na conta do Twitterdo suposto aplicativo, a data de criação do perfil era dia 1º de abril, conhecido como Dia da Mentira. Após conseguir notoriedade, principalmente nos Estados Unidos, o software foi lançado cinco meses depois da data combinada, porém bem reformulado em relação à descrição divulgada. As informações são do TechTudo.