Romero espera união entre PSDB e PSD em CG, rechaça ‘tese 2022’ e comenta tensões na oposição

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, recém filiado ao PSD, vem pavimentando seu caminho político. Enquanto uns planejam e vislumbram 2020, seu foco é mais avançado: eleições 2022. Para o próximo ano, ele projeta a união do grupo capitaneado por PSDB e PSD em Campina Grande. Já nas próximas eleições gerais, ele é mais cauteloso – se põe no debate, mas não se lança.

Agora no PSD, o ex-tucano poderia estar no partido para facilitar a candidatura do deputado estadual Manoel Ludgério (PSD) ao comando do Executivo campinense nas eleições de 2020. Romero rechaçou essa tese. Declarou que não há candidato preferencial na disputa interna do grupo, nem ele tem um “escolhido”.

“Meus olhos são bons para todos os candidatos que são aliados a meu grupo político, não posso defender um preterindo outro. No momento certo vamos tomar essa decisão [de escolher o candidato], que não é minha própria”, afirmou Romero ao Paraíba Já.

Conforme o prefeito, além de Ludgério, haverá diálogos com “Tovar, Pedro, Cássio, André, todos aqueles que tenham sinalização de pretensão de ser candidato”. Romero foi categórico: “sem excluir ninguém e nem tensionar a favor de ninguém”.

Mesmo com todas as tensões prévias, como por exemplo Ludgério falar que chegou a hora dele ser o candidato do grupo, e Pedro Cunha Lima e Tovar se lançarem na disputa ao cargo, Romero ainda acredita na união do grupo. “Vamos sair com uma candidatura só”, disse.

Para ele, uma coligação pode unir os grupos. “Acho que é possível estar unido, como estiveram na minha eleição. Todos tem capacidade”, ressaltou.

Projeto governador

“Não quer dizer que sepultou o sonho, o sonho se mantém”. A declaração de Romero foi após comentar sobre o recuo nas eleições do ano passado, onde desistiu da disputa e deu lugar a Lucélio Cartaxo (PV) como candidato a governador do grupo das oposições. “Se for possível no futuro, entrego ao povo da Paraíba”, completou logo em seguida.

Questionado se suas movimentações atuais são com foco nas eleições de 2022, o prefeito contestou essa possibilidade. “Não faço essa política condicionada, não tem isso de ser para 2022”, pontuou.

Romero destaca que quer concluir seu mandato à frente da Prefeitura de Campina Grande, sair de cabeça erguida e manter a boa relação com a cidade.

“[Eleições] 2022 entrego a Deus, está muito distante. Não faço política contra quem quer que seja, faço focado no que posso oferecer de resultados. Pensando nisso, 2022 posso ser candidato a qualquer cargo, posso nem ser, vamos aguardar”, finalizou.