Provedor de internet é suspeito de pagar traficantes por área de cobertura

Segundo as denúncias, o sinal de TV do grupo, investigado pela operação “Tráfico.com”, atua a partir da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A quadrilha já teria atuado em comunidades de Dendê (na própria ilha), do Morro dos Macacos (Vila Isabel), Manoel Correa e Jardim Nautilus (Cabo Frio), Vila Tiradentes (São João de Meriti) e Jacaré (Niterói).

Como operava a provedora do tráfico no Rio?

As investigações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) revelaram que a empresa presta serviços na distribuição de sinal de internet, telefonia e TV a cabo, e que efetua pagamentos semanais aos líderes do tráfico nas comunidades abrangidas pela cobertura, para que as empresas concorrentes sejam afastadas, no sentido de criar um verdadeiro monopólio na região.

De acordo com relatos de técnicos instaladores da Oi, Vivo e Claro, indivíduos armados os abordavam quando eles chegavam às comunidades dominadas pelo provedor associado ao tráfico, e os expulsavam sob ameaças com armas de fogo. Muitas dessas chamadas destinavam-se justamente a serviços de reparos em equipamentos vandalizados ou incendiados pelos próprios criminosos.

Estima-se que a empresa suspeita tenha obtido nessas regiões mais de 20 mil clientes, com um faturamento bruto mensal superior a R$ 1 milhão.

Do Tecmundo.