Professor da UEPB é investigado após aluna denunciar assédio

Segundo nota oficial, o caso está sendo tratado pela ouvidoria desde o dia 31 de outubro, quando a denúncia foi formalmente apresentada

Um professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está sendo investigado pela instituição, após uma estudante do curso de relações internacionais denunciar o docente de assédio, durante a cerimônia de abertura de um evento internacional ocorrido na última quarta-feira (22). A informação sobre a apuração dos fatos foi dada pela UEPB nesta quinta-feira (23).

Segundo nota oficial, o caso está sendo tratado pela ouvidoria desde o dia 31 de outubro, quando a denúncia foi formalmente apresentada.

A instituição ressaltou que, em situações de assédio, existe uma rotina estabelecida que demanda um prazo maior para a devida apuração. Inicialmente, são estudadas as medidas cabíveis a serem adotadas, e, quando necessário, são solicitadas mais informações sobre o caso para uma apuração mais completa, incluindo possíveis comprovações do relato apresentado.

A UEPB esclareceu que a solicitação de comprovação não é uma desconsideração da palavra da denunciante, mas uma medida para evitar que o caso seja arquivado por falta de provas. A instituição encorajou outras estudantes citadas a procurarem a ouvidoria.

“Destacamos que não houve arquivamento ou descaso com a referida denúncia, que segue em tramitação, assim como outros casos que foram resolvidos pela ouvidoria da UEPB. A maioria das denúncias que recebemos é solucionada, e, em algumas situações em que foram comprovadas, houve a aplicação de penalidades aos agressores, como advertência, suspensão e até demissão de servidores”, afirmou a instituição.

O professor do curso de relações internacionais denunciado é Paulo Kuhlmann, mestre e doutor em ciência política, com foco em redução de violência e construção de paz local. Além de professor, ele também está envolvido em trabalho social como palhaço.

O advogado Romulo Palitot, representante de Paulo Kuhlmann, afirmou, por meio de nota, que desconhece qualquer procedimento instaurado contra seu cliente. Ele garantiu tomar todas as medidas cabíveis para “demonstrar a veracidade dos fatos” e classificou a denúncia da estudante como “um comentário totalmente descabido e sem nenhum amparo legal, aproveitando-se da ausência do professor para assacar inverdades”.