PCdoB pretende manter aliança com Cartaxo, mas tenta tirar Manoel Jr da vice

O apoio do PMDB a reeleição do prefeito Luciano Cartaxo (PSD) ainda causa controvérsias com aliados do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), porque a aliança traz consigo, mesmo que indiretamente, a figura do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), por meio do presidente do diretório estadual, Agamenon Sarinho, avaliou que a imagem do deputado federal Manoel Júnior (PMDB), que foi o articulador dos peemedebistas em relação a Cartaxo, é mal avaliada pela sociedade.

Para Agamenon, Manoel representa a ‘velha política’ devido a sua relação com Cunha e isso tem reprovação da população. O comunista ainda destaca que não possui problemas pessoais nem com os peemedebistas nem contra Manoel.

“Temos uma opinião nesse sentido que é presencial, nada contra a pessoa de Manoel nem o PMDB. A imagem que ele tem é negativa na sociedade, associada a Cunha, que representa a velha política, essa coisa toda que foi alvo de escândalo nacional, e também por estar nesse movimento com características de golpe contra a democracia, que ocorreu o afastamento da presidente Dilma”, justificou.

Mesmo com a presença de Manoel dentro da base de sustentação da gestão de Cartaxo, Agamenon declarou que manterá a mesma posição dentro do cenário político em João Pessoa, destacando que conversará com o prefeito para debater sobre a união com o deputado federal. Ele ainda ressaltou que a sigla não mudará de discurso, mesmo diante as adversidades na chapa majoritária na capital.

“Nosso partido é de debate de ideias, temos a chapa de 41 candidatos, é possível construir ainda, e onde podemos dialogar. Vamos conversar com o prefeito, tem liberdade para fazer alianças e ampliar. Não temos como adiantar nada, estamos participando e colaboramos com a gestão de Cartaxo, temos que pesar todos os elementos. Neste momento não há outra posição, a não ser manutenção da aliança. Vamos questionar e tentar mudar o vice, agora não depende só da gente mas de outros partidos aliados, queremos marcar o posicionamento do partido. São esses aspectos que queremos discutir, mas não vamos mudar a nossa opinião”, explicou.