Início Site Página 9102

Candidatos a governador debatem propostas na TV Arapuan nesta terça-feira

    0

    Cinco candidatos a governador da Paraíba voltam a debater suas propostas de governo nesta terça-feira (19), no segundo debate promovido por uma emissora de televisão paraibana. O candidato do PSTU, Antonio Radical não participa porque o partido não tem representação na Câmara Federal. O debate acontecerá na TV Arapuan a partir das 22 horas. Será o primeiro debate em uma TV aberta nesse primeiro turno. No dia 31 de julho ocorreu um debate na TV Master (canal fechado).

    De acordo com o Sistema Arapuan de Comunicação os candidatos ao governo do Estado vão debater sobre cinco temas definidos de comum acordo entre as assessorias de campanha e a TV Arapuan: segurança pública, educação, saúde, funcionalismo público e desenvolvimento.

    O Grupo Arapuan informou que as emissoras Arapuan FM de João Pessoa e de Cajazeiras, além do portal da TV Arapuan e retransmitirão o debate desta terça-feira. As assessorias de campanha trabalham no sentido de municiar seus candidatos de informações atualizadas sobretudo a respeito dos cinco temas que serão debatidos.

    Confira os compromissos dos candidatos a governador nesta segunda-feira

      0

      As agendas dos candidatos a governador incluem gravação de guia eleitoral, reuniões, caminhadas  e panfletagem. Confira.

      Antonio Radical (PSTU) Manhã – Gravação de guia eleitoral. Tarde -Reunião com a coordenação de campanha.

      Participa com as famílias paraibanas das crianças e adolescentes, que lutam pela liberação do medicamento CANABIDIOL para poderem dar uma melhor qualidade de vida a seus/suas filhos/as de um ato hoje, a partir das 17:00h, no Busto de Tamandaré.

      Cássio Cunha Lima (PSDB) Manhã e tarde. – Reunião com equipe de Coordenações de Campanha e de Marketing

      18h – Arrastão no Padre Zé- João Pessoa. Local: Concentração Rua Fagundes Varela
      19h30- Lançamento da Candidatura de Iraê Lucena
      Local: Hardman Hotel
      20h30 –Reunião com Entidades da Classe Médica da Paraíba
      Local: Avenida Camilo de Holanda

      Major Fábio (PROS) Agenda não informada.

      Ricardo Coutinho (PSB)
      Noite – 18h – Caminhada em Santa Rita
      Local da concentração: Praça da Vitória – Rua 22 de Maio – Alto das Populares
      20h – Inauguração de Comitê da ‘Força do Trabalho’ em Santa Rita
      Local: Praça Getúlio Vargas, S/N, Centro – Santa Rita

      Tárcio Teixeira (PSOL)

      Manhã- Panfletagem no CDD Mangabeira (Correios);
      Tarde- Reunião de Coordenação;
      Noite- Escreve para guia eleitoral.

      Vital do Rego (PMDB)
      MANHÃ – Mantém contatos com lideranças e correligionários na cidade de Cabedelo
      TARDE – Faz gravações para o guia eleitoral de rádio e TV
      NOITE – Reunião com coordenadores da campanha para definição das atividades da semana

      Marina Silva supera Aécio Neves na primeira pesquisa após a morte de Campos

        0

        Pesquisa feita pelo Datafolha para o jornal “Folha de S.Paulo” divulgada na edição desta segunda-feira (18) mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto para presidente, seguida de Marina Silva (PSB), com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%.

        É a primeira pesquisa que inclui um cenário em que a ex-senadora Marina Silva é o possível nome do PSB no lugar do ex-governador Eduardo Campos, que morreu na quarta-feira (13), em um acidente de avião. O PSB ainda não definiu se Marina será a candidata substituta, mas lideranças dão a escolha como certa.

        No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos dias 15 e 16 de julho e divulgado no dia 17, Dilma tinha 36%, Aécio, 20%, e Eduardo Campos, 8%. O percentual de entrevistados que disseram não saber em quem votar ou que não responderam foi de 14% em julho e agora atingiu 9%. Brancos e nulos eram 13%; agora são 8%. O quarto colocado na pesquisa, pastor Everaldo (PSC), aparece com 3% das intenções de voto; no levantamento anterior, tinha os mesmos 3%.

        A pesquisa mostra que, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno: Dilma teria 36% contra 46% da soma dos demais candidatos. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36% contra 36% dos demais, o que indicava uma incerteza sobre a necessidade de segundo turno.

        O resultado da atual pesquisa mostra que, se for confirmada candidata do PSB no lugar de Campos, Marina começa a campanha em situação de empate técnico com Aécio Neves, numericamente à frente do tucano: 21% a 20%, dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. Marina larga também em situação de empate técnico com Dilma na simulação de segundo turno: Marina com 47% e Dilma com 43%. O Datafolha não pesquisou um cenário entre Marina e Aécio. No cenário entre Dilma e Aécio, a petista tem 47%, e o tucano, 39%.

        O levantamento foi encomendado pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.  A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00386/2014.

        Do G1, São Paulo

        “Começa a cair a máscara da indústria de manipulação de pesquisas”, diz RC

          0

          O governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição pela coligação ‘A Força do Trabalho’, utilizou as redes sociais neste final de semana para comentar a decisão da Justiça Eleitoral, que suspendeu três pesquisas de intenções de voto na Paraíba, e estipulou multa diária de R$ 50 mil para os veículos de comunicação que descumprirem a determinação.

          “Começa a cair a máscara da indústria de manipulação de pesquisas”, postou Ricardo em sua conta no Twitter. “Quem está pagando tudo isso? Quem está ao lado e por trás dos sistemas?”, questionou o governador paraibano, que em 2010 foi de ‘vítima’ de todas pesquisas divulgadas no Estado, que sempre o colocaram em desvantagem em relação ao candidato do PMDB.

          Screen Shot 2014-08-17 at 2.58.18 PM(1)A credibilidade das consultas sobre as eleições deste ano começou a cair por terra na tarde deste sábado (16), quando a juíza auxiliar da propaganda eleitoral, Niliane Meira Lima, determinou a suspensão das pesquisas PB0012/2014 e PB0013/2014, realizadas pelo instituto Souza Lopes e contratadas pelo Sistema Correio de Comunicação. “A utilização da pesquisa poderá, de alguma forma, influenciar o eleitorado, sem que tenham sido adotados os requisitos de segurança exigidos na norma para sua utilização”, disse a magistrada em sua decisão.

          Na noite de sábado, a juíza Niliane Meira Lima decidiu também suspender a pesquisa 0016/2014, realizada pelo Instituto IPESPE e contratada pelo Jornal da Paraíba. A magistrada determinou ainda que a empresa contratante publique uma nota em sua próxima edição informando sobre a decisão judicial.

          “Determino que a Editora Jornal da Paraíba insira na edição do Jornal da Paraíba da edição de 18/08/2014 (segunda-feira) nota de capa, com mesma fonte padrão das demais notícias, informando ao leitor a suspensão da veiculação da pesquisa eleitoral 0016/2014, tratada no jornal de 16/08/2014”, destacou a juíza em sua decisão.

          A suspensão das pesquisas Souza Lopes/Sistema Correio e IPESPE/Jornal da Paraíba foram solicitadas pelo candidato a deputado estadual Leandro Wagner Queiroz Barbosa (PPL), mais conhecido como Léo Cigano do Povo, da coligação ‘A Força do Trabalho IV’.

          Botafogo-PB bate o Crac-GO no Estádio Almeidão e assume a vice-liderança da Série C

            0

            O Botafogo-PB recebeu o Crac-GO na tarde deste domingo (17), pela 11ª rodada do Grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C. Com um gol de Pio, aos 3 minutos do segundo tempo, o Belo venceu a terceira seguida na competição e chegou à vice-liderança da chave

            A vitória colocou o Botafogo na vice-liderança do Grupo A, agora com 20 pontos – três a menos que o invicto Fortaleza. Já o Crac permanece na zona de rebaixamento, com oito pontos

            No próximo domingo (24), o time paraibano vai até o interior pernambucano para encarar o Salgueiro-PE. No mesmo dia, o Crac tentará a recuperação dentro de casa diante do CRB-AL.

            Em carro aberto, caixão de Campos seguiu para o cemitério de Santo Amaro

              0

              O corpo do ex-governador e candidato à Presidência Eduardo Campos seguiu no final da tarde deste domingo (17) para o Cemitério de Santo Amaro, onde está sendo sepultado. O caixão, coberto pela bandeira do Brasil, foi levado em carro aberto do Corpo de Bombeiros durante o trajeto de aproximadamente 2 quilômetros.

              Em cima do carro, seguiram também quatro dos cinco filhos de Campos, a viúva, Renata Campos, a vice na chapa do PSB, Marina Silva, e o candidato ao governo pernambucano pelo PSB, Paulo Câmara.
              Segundo a Polícia Militar, entre as 2h e as 13h de hoje (17), 130 mil pessoas passaram pelo velório de Campos, no Palácio do Campo das Princesas.
              Em resposta ao apoio das milhares de pessoas que estiveram no local, Ana Arraes, disse: “Estou em paz”. Renata Campos agradeceu: “Obrigada minha gente, obrigada”.

              Colaboração Agência Brasil

               

              Treze perde mais uma e passa a correr risco de rebaixamento na Série C

                0

                A reestreia de Vica à frente do ASA, justo contra um dos seus ex-clubes, não poderia ter sido melhor. O time alagoano levou a melhor diante do Treze no jogo entre alvinegros, disputado na tarde deste domingo, no Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca. Em jogada ensaiada, Thallyson rasgou a defesa paraibana e abriu o placar logo nos primeiros minutos da etapa inicial. Alex Henrique ampliou o placar ainda no primeiro tempo, e Wanderson fechou a goleada do Fantasma na segunda etapa.

                O ASA quebrou uma sequência de seis jogos sem vitória, chegou aos 12 pontos e pulou para a sexta colocação do Grupo A. Na próxima rodada, o time alagoano vai receber o Paysandu no domingo, às 19h, no Municipal de Arapiraca. Essa é a terceira derrota consecutiva do Treze na Série C. O Galo estacionou nos dez pontos e perdeu a posição para o adversário desta tarde, passando a ocupar a sétima posição da chave. O próximo compromisso do Alvinegro paraibano é contra o Cuiabá, também no domingo, às 17h, no Presidente Vargas.

                Domínio caseiro e gols

                A reestreia de Vica no comando do ASA parecia algo já ensaiado. Assim como a falta cobrada por Didira. Logo aos quatro minutos, o meia alvinegro rolou a bola para Thallyson soltar a pancada e abrir o placar em Arapiraca. O gol precoce deixou o time da casa em situação confortável e o Alvinegro continuou pressionando os visitantes. Com Didira comandando as articulações ofensivas, o Fantasma deitava e rolava em campo. Na mesma sintonia que o meia, Wanderson deixou Alex Henrique na boa, dentro da área do Galo. O jogador caiu, pediu pênalti, mas o árbitro não assinalou nenhuma infração.

                Os paraibanos erravam demais e tinham muita dificuldade em criar situações de gol. Jônatas era uma das principais peças acionadas na intermediária ofensiva do Treze, mas não penetrava a defensiva do ASA. Tendo o controle do jogo, os alagoanos prosseguiram melhor em campo e não demorou para sair o segundo. Wanderson fez a festa na zaga do Galo, invadiu a grande área e tocou para Alex Henrique. O meia só teve o trabalho de guardar a redonda nas redes adversárias e comemorar o fim do primeiro tempo com a vitória parcial.

                Árbitro lesionado e goleada alagoana

                Insatisfeito com a atuação do Treze, o técnico Givanildo Oliveira voltou para a etapa final com duas mexidas. Saíram Sapé e Carioca, entraram Leanderson e Leandro Santos, respectivamente. As mudanças não tiveram efeito imediato, mas deixaram os visitantes melhor em relação aos primeiros 45 minutos. Quando o Galo estava começando a gostar da partida, o árbitro Antônio Rogério Batista do Prado sentiu um incômodo na perna direita e paralisou o jogo para ser atendido. O médico do ASA precisou aplicar uma injeção no juiz para que ele pudesse retomar o comando do confronto. Com o jogo novamente em andamento, Vica sacou o amarelado Lucas, e pôs Jorginho em campo.

                Jogando para pouco mais de três mil pessoas, o Fantasma não tinha dificuldades para chegar ao ataque. Acionado no setor ofensivo, Wanderson testou Gilson e arriscou a finalização, obrigando o goleiro a fazer bela defesa. Inspirado, Didira colocou Wanderson para correr em disputa de bola com a zaga paraibana. Ao melhor estilo Usain Bolt, o atacante do ASA saiu na cara do gol, passou por Gilson e anotou o terceiro do Fantasma.

                Com o jogo na mão, Vica tirou Alex Henrique e Tiago Baiano, e colocou Marlon e Leandrinho. Givanildo Oliveira respondeu substituindo Jônatas por Birungueta. Mas nenhuma mexida e nem mesmo os sete minutos de acréscimo poderiam mudar o resultado. Ainda deu tempo para Wanderson, Thallyson e Didira quase ampliarem. O último lance de emoção foi protagonizado por Leandrinho, do Treze, que foi expulso, “coroando” a má exibição do Galo nesta tarde.

                Globoesporte

                Adeus a Eduardo: Ricardo transmite a Renata Campos sentimento de pesar da PB

                  0

                  O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição pela coligação ‘A Força do Trabalho’, participou, neste domingo (17), no Recife, das últimas homenagens ao ex-governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos (PSB). Acompanhado da primeira dama do Estado, a jornalista Pâmela Bório, Ricardo transmitiu aos filhos e à viúva de Eduardo, Renata Campos, o sentimento de pesar do povo paraibano pela morte trágica do amigo, ocorrida na última quarta-feira (13), após um acidente aéreo no Litoral paulista.

                  À imprensa, o governador da Paraíba disse que o sentimento é de profunda tristeza. “Talvez essa seja a maior homenagem que qualquer brasileiro possa fazer a Eduardo Campos, um político muito diferente daqueles que postulam à Presidência nestas eleições. Ele era um amigo, um companheiro de verdade, para as horas boas e as ruins”, enfatizou Ricardo.

                  Para o governador paraibano, o grande desafio agora é fazer com que Eduardo Campos seja lembrado por seu legado, e que o sentimento de transformação que ele inspirava possa crescer por todo o Brasil. “Que os pressupostos que Eduardo professava, dessa ética em relação ao que é público, possam ser levados para todos os estados, para todas as cidades”, ressaltou.

                  Ricardo passou parte do dia na capital pernambucana, onde participou pela manhã do velório e da missa campal celebrada pelo arcebispo deRecife e Olinda, dom Fernando Saburido, no Palácio do Campos das Princesas. À tarde, o governador paraibano seguiu para o cemitério de Santo Amaro, local do sepultamento do corpo do presidente nacional do PSB.

                  Além de Ricardo, diversas autoridades do País participaram do último adeus a Eduardo, como a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula (PT), a ex-senadora Marina Silva (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB) e governadores de vários estados brasileiros.

                  Guia começa na terça-feira com candidatos a presidente e deputados federais

                    0

                    O Tribunal Regional Eleitoral chama a atenção de todas as emissoras de rádio e televisão da Paraíba para o cumprimento da Lei 9504/97 que disciplina o horário reservado à propaganda eleitoral gratuita. A transmissão do Guia Eleitoral Gratuito começa na próxima terça-feira, 19 de agosto, e deve ser exibido por todas as emissoras de rádio e televisão, obrigatoriamente.  A mesma determinação é válida para as inserções, que são as pequenas propagandas eleitorais introduzidas na grade da programação normal das emissoras.

                    O Horário Eleitoral Gratuito começará com a propaganda para Presidente da República e deputados federais, que será exibida às terças, quintas e sábados. A propaganda para governador, senador e deputados estaduais será às segundas, quartas e sextas-feiras. No rádio, a exibição será das 7h às 7h50 e das 12h às 12h50. Na televisão os programas irão ao ar das 13h às 13h50 e das 20h30 às 21h20.

                    A Corregedoria do TRE-PB alerta que na veiculação de inserções é vedada a utilização de gravações externas, montagens ou trucagens, computação gráfica, desenhos animados, efeitos especiais e mensagens que possam desagradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação. Também não será permitida a utilização comercial do horário reservado para a propaganda eleitoral, ainda que disfarçada ou subliminar.

                    Todos os detalhes sobre a divisão de horário entre os partidos e coligações, inserções, mapas e formatos de mídia, emissoras geradoras e a própria ata da reunião que definiu a ordem dos candidatos e a distribuição do tempo estão disponíveis no site do TRE na aba Eleições/Eleições 2014/Horário Eleitoral.

                    Jaldes analisa campanhas presidenciáveis sem Eduardo Campos

                      0

                      O professor e cientista político Jaldes Meneses, faz uma leitura fundamentada sobre a sucessão presidencial agora sem Eduardo Campos e aponta que Marina Silva tende superar Aécio Neves e disputar o segundo turno das eleições com Dilma Rousseff.  Jaldes também avalia que a campanha eleitoral ‘emocionalizou-se’ com a perda trágica de Campos. Eduardo foi morto em um acidente aérea na última quarta-feira (14). Confira a entrevista ao Paraíba Já.

                      Como o senhor analisa o quadro das candidaturas à presidência da República após a morte de Eduardo Campos?

                      Considero que o processo das eleições presidenciais de 2014 divide-se em duas partes: antes e depois da morte de Eduardo Campos. Todas as estratégias anteriores falecerem junto com a tragédia de sua morte. Até as exéquias de Eduardo, em Recife, em um grande ato de comoção social, o tema da sucessão ainda estará em banho maria, conquanto as articulações fervam nos bastidores. Creio que, ao final das contas, embora existam tensões em sentido contrário – vindas de interesses do PT e PSDB –, o PSB vai se definir pelo apoio à candidatura de Marina Silva. A família de Eduardo Campos, na expressiva e contundente (até para o momento da hora) carta à imprensa de seu irmão, Antonio Campos, e mesmo sinais da própria mulher, Renata, indicam que a família Campos já fechou com Marina.

                      Há motivos da desconfiança de setores do PSB em relação a Marina. Afinal de contas, ela é de o outro partido, a REDE, não do PSB, partido ao qual ela se filiou para passar uma chuva, depois do indeferimento do registro de seu partido pelo TSE. No entanto, penso que as três alternativas existentes, lançar um candidato puro sangue inexpressivo, se bandear para os lados de Dilma ou Aécio, ou ficar sem candidatura à presidente, abriria uma crise de identidade no PSB, pois o centro do discurso de Eduardo era apresentar uma alternativa viável eleitoralmente à polarização PT-PSDB, marca de todas as eleições presidenciais desde 1994.

                      O senhor acredita que, se Marina Silva for confirmada candidata substituta ela teria chances de superar Aécio Neves e ir para o segundo turno com Dilma?

                      Sim. Foi exatamente a candidatura de Marina, que amealhou 19 milhões de votos em 2010, que provocou o segundo turno nas eleições de 2010. Se somarmos o fator inegável de recall impregnado na candidatura de Marina (que Eduardo não possuía), o impacto da morte de Eduardo junto aos eleitores, que terá repercussão eleitoral, embora, no horizonte de hoje, seja difícil aquilatar o alcance do impacto. A morte de Eduardo Campos significou um desses acontecimentos traumáticos no qual todas as pessoas se recordam onde estava, em casa ou no trabalho, ao saber da notícia, um pouco como a morte de Kennedy, o suicídio de Getúlio Vargas.

                      A campanha eleitoral “emocionalizou-se”, por assim dizer. Emoção é o campo por excelência de Marina Silva, um terreno no qual tanto Aécio como Dilma são sofríveis.

                      É verdade que Eduardo Campos apenas começava a ser conhecido do eleitorado brasileiro, estava debutando nesta eleição, não trazia obra feita nem imagem formada, para o bem e o mal, feito Getúlio Vargas. No entanto, se Getúlio se tornou mito pelo conjunto da obra de demiurgo da modernidade brasileira, por outro lado, a mitologia que deve se agregar em torno da imagem de Eduardo advirá mais do futuro que não foi. Uma mitologia conjugada no tempo verbal do pretérito do futuro. Desde os tempos de Dom Sebastião, um “jovem promissor” morto em campo de batalha na África e terminou por significar no imaginário popular a decadência do império português, a força mitológica do futuro do pretérito é extraordinária. Evidentemente, ressalvadas as proporções, a figura de Eduardo não terá a dimensão mitológica de um Dom Sebastião, mas inscreve-se na mesma tipologia de fenômenos.

                      Perde o país e o Nordeste um grande político, não?

                      A sua pergunta vale outra entrevista. Deixem-me fazer um pequeno excurso histórico, comparando neto e avô, Eduardo Campos e Miguel Arraes. Afora a genética, existe uma afinidade de longo prazo entre algumas práticas de concertação de alianças políticas entre Miguel Arraes e o neto, Eduardo Campos, que no seu sentido mais profundo diz respeito à estruturação das classes sociais em Pernambuco e no Nordeste. Certamente o neto aprendeu muito com o avô. Talvez isso ajude a explicar por que tanto o velho Arraes, no passado, como Eduardo Campos, no presente, no sentido de que, sempre alinhados politicamente e programaticamente à esquerda, nunca circunscreveram, de caso pensado, simplesmente a este espectro o sistema de alianças.
                      Miguel Arraes e a Frente Popular de Pernambuco subiram no palanque de seu contraparente usineiro Cid Sampaio nas eleições de governador em 1958. Foi secretário de Cid no primeiro ano de mandato, quando saiu do governo para seu eleito prefeito do Recife numa bela campanha de massas, recebendo a contrapartida do apoio do governador. Em seguida, diante da radicalização política, nas eleições de 1962, Cid retirou o apoio à Frente Popular e apoio do adversário derrotado de Arraes, João Cleofas.
                      Estaria Miguel Arraes no começo da construção do mito em que se tornou praticando a conciliação ou a traição de classes e abdicando de um programa de reformas? De maneira alguma. É preciso compreender que as classes sociais fundamentais do capitalismo, a burguesia urbana e o proletariado fabril, estavam em processo de constituição no nordeste, em processo cujo epicentro era o Recife tantas de lutas heróicas. Por isso, o porta-voz político dos trabalhadores – a Frente Popular – não poderia ter o mesmo tipo de constituição de alianças, plenamente classista e diferenciado, que tiveram, por exemplo, as frentes populares européias, de que o exemplo paradigmático foi a Frente Popular francesa (1935-1938).
                      Escreveu-se rios de tintas sobre o acordo fordista entre os trabalhadores, a burguesia e o Estado que deu origem, depois da Segunda Guerra Mundial, ao projeto de capitalismo democrático do Welfare State. Até mesmo alguns sociólogos brasileiros descobriram afinidades eletivas entre a classe operária do ABC, lastro do PT, e a constituição de um partido social-democrático à brasileira. Subindo o meridiano, se esta precisando estudar melhor o primeiro esboço de um compromisso de classe em Pernambuco, que foi o famoso “Acordo do Campo” (1963), o primeiro feito no país entre trabalhadores rurais e usineiros, arbitrado pelo governador Arraes, elevando os salários e melhorando as condições Zona da Mata. A seu modo periférico, estava-se formulando um tipo de regulação o, senão fordista, ao menos em direção ao capitalismo pleno, no qual os direitos de cidadania estão parte constitutiva.
                      Tornou-se clássica a explicação para o golpe civil-militar de 1964 a tese de que aliança populista começou a se esfacelar no nordeste, pois não havia espaço para a reforma agrária e a extensão dos direitos sociais recém-conquistados (ou outorgados) pelos trabalhadores urbanos a seus congêneres do campo. Neste sentido, o “Acordo do Campo” em Pernambuco estava à frente de seu tempo.
                      Não deixa de ser simbólico o sortilégio de que exatamente um neto de Arraes, anos mais tarde, em outro Brasil, novamente esteja conduzindo um processo de aceleração da modernização em Pernambuco, de que a construção de uma montadora de automóveis – a Fiat – é um dos principais emblemas. Resta saber se o sistema de alianças ao centro do espectro político, intentado por Eduardo até morrer, mantém-se organicamente atual em termos uma política progressista para o nordeste. O PSB e o PT acham que sim; os partidos situados à esquerda do PT, embora sejam frágeis intelectualmente em pensar o nordeste, intituivamente (intuição pode ser o começo de boa teoria), acham que não.

                       

                      - Publicidade -

                      Últimas

                      - Publicidade -