Orquestra Sinfônica Brasileira completa 80 anos nesta segunda

A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) completa 80 anos nesta segunda-feira (17). Para celebrar a data, o conjunto divulga concertos em vídeo nas redes sociais, respeitando as regras de isolamento social.

A orquestra havia planejado uma temporada de concertos especial para a data neste ano, com repertório de destaque à música brasileira e aos artistas nacionais, mas teve que mudar os planos por causa da pandemia de Covid-19.

Os músicos gravarão os programas em suas casas. Nesta segunda, eles começam a divulgar uma série de seis vídeos sobre os 80 anos. Além disso, haverá exibição semanal de apresentações nas páginas da Orquestra Sinfônica Brasileira nas redes sociais.

Uma série dedicada à música brasileira terá dez concertos, com obras de compositores clássicos e contemporâneos, como Carlos Gomes, Villa-Lobos, Rodrigo Cicchelli e João Guilherme Ripper. A OSB também preparou uma série em homenagem aos 250 anos do compositor alemão Ludwig van Beethoven, com cinco concertos on-line.

Para completar a programação, a orquestra vai celebrar as famílias de instrumentos: percussão, com obras de Bach e Ernesto Nazareth; cordas, com Alberto Nepomuceno; madeira, com Mozart; e metais, com Giovanni Gabrieli.

Em nota, a diretora geral da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, Ana Flávia Cabral Souza Leite exaltou o espírito de inovação.

“O isolamento nos proporcionou a possibilidade de inovarmos – o que já é uma tradição da OSB. Adaptamos nossa programação para o formato digital, pois acreditamos que o cenário ainda não oferece a segurança sanitária necessária para voltarmos à rotina de ensaios e concertos presenciais”, disse.

História da OSB

A OSB foi fundada em 1940 pelo Maestro José Siqueira e foi a primeira do país a fazer turnês internacionais. Participou de momentos históricos do país, como a inauguração de Brasília.

Ao longo de sua trajetória, realizou mais de cinco mil concertos e revelou grandes músicos nacionais, como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Antônio Meneses.

A orquestra também participou e desenvolveu projetos de popularização da música, como os Concertos da Juventude e o Projeto Aquarius.

Ela é formada por 62 músicos e dirigida por Ana Flávia Cabral Souza Leite.

Orquestra na pandemia

Maestros e diretores de orquestras ouvidos pelo G1 dizem que o financiamento dos grupos não foi impactado pela pandemia neste ano de 2020. Algumas orquestras são financiadas por órgãos públicos e outras por empresas privadas. Esse é o caso da Orquestra Sinfônica Brasileira.

“Como a gente conseguiu desenvolver os produtos na forma virtual, a gente renegociou as contrapartidas”, afirma Ana Flávia Cabral ao G1. No entanto, o orçamento do ano de 2021 ainda é incerto: “A gente não sabe como essas empresas performaram ao longo do ano, então a gente ainda não tem segurança e nenhum cenário sobre o ano que vem”.

A Orquestra Sinfônica Brasileira não tem previsão de quando os ensaios presenciais vão voltar a acontecer.

Do G1.