‘Não houve violação de segredo de justiça’, declara Varandas após acusação da Arquidiocese

“O pronunciamento do MPT na televisão foi sobre fatos que já vinham ocorrendo e que já vinham sido publicados na imprensa”, declarou o procurador do trabalho, Eduardo Varandas, após acusação da Arquidiocese da Paraíba de que ele teria quebrado o sigilo do processo.

“Em nenhum momento o MPT mencionou qualquer elemento ocorrido no âmbito da instrução processual e também não forneceu nenhum documento. Mas, a liberdade de expressão do procurador, sua opinião, isso é inviolável, independente de haver ou não segredo de Justiça”, disse.

Segundo ele, ainda, o próprio poder judiciário encaminhou cópias da sentença a Unicef e OIT, sem que ele saiba qual foi a fonte específica da reportagem. “O que mais espanta nessa história toda é que a igreja está mais preocupada em invocar o segredo de Justiça para que a sociedade paraibana não saiba o que está ocorrendo do que propriamente provar sua inocência e provar que está tomando providências para por fim à exploração sexual já reconhecida por sentença judicial”, declarou.

A Arquidiocese da Paraíba emitiu nota, nesta segunda-feira (22), afirmando que o procurador do trabalho teria violado explicitamente o sigilo ao conceder entrevista sobre o caso, após a veiculação, no último domingo (20), de reportagem pelo Fantástico que retratou relatos de vítimas, autoridades e outros envolvidos no caso de exploração sexual por parte de padres e coroinhas da Igreja Católica