Médico proctologista é condenado por assédio sexual, em Campina Grande

Médico Gian Almeida beijou e tocou a vítima, sem consentimento, durante uma consulta no Hospital João XXIII

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Foto: Ilustração

O médico proctologista Gian Francisco de Macedo Almeida foi condenado pela Justiça da Paraíba por assédio sexual contra uma funcionária do Hospital João XXIII, na Prata, em Campina Grande. O crime ocorreu no dia 3 de março de 2021, por volta das 10h.

O médico foi condenado com base no artigo 216-A do Código Penal, que prevê pena de um a dois anos de detenção para quem assediar alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual. A sentença foi proferida pelo juíza Flávia de Souza Baptista, da 2ª Vara Criminal de Campina Grande, na última quinta-feira (15).

De acordo com a denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que teve a parceria da advogada Thaís Queiroz como assistente de acusação, o médico beijou a vítima de forma forçada e colocou a mão dela sobre seu órgão genital, sem o consentimento dela. A funcionária relatou que se sentiu constrangida, humilhada e violada com a conduta do profissional.

A pena aplicada foi de um ano, quatro meses e 15 dias de detenção, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade ou entidade pública. O médico ainda foi condenado em prestação pecuniária de dois salários mínimos em favor da vítima, que encontra-se sob cuidados médicos e psicológicos desde o fato.

Relato da vítima

A vítima relatou que trabalhava diretamente com o médico Gian Almeida, mas não tinha relação de proximidade com o profissional e nem costumava ficar sozinha com ele. Porém, num dia de expediente o proctologista armou um momento para lhe assediar.

De acordo com a decisão da Justiça, a vítima relatou que o acusado a liberou mais cedo para ir organizando uma sala no hospital para uma cirurgia à tarde, momento em que o médico se aproximou e pediu para que ela baixasse a máscara para ver se era a mesma pessoa que havia começado a seguir no Instagram, a funcionária achou estranho e não baixou.

“Porém, o acusado mesmo baixou a máscara, ressaltando que não tinha como sair da sala, eis que o réu pegou seu pescoço e lhe beijou forçadamente na boca e a todo momento pedia para que ele saísse, aproximando-se dela e mandando ela sentir como ele estava (com ereção), chegando a expor o órgão genital e pedido apenas um beijo no seu pênis; asseverando que o fato aconteceu na sala onde se lava o equipamento médico e que todos os pacientes já tinham ido embora na hora do ocorrido. A ofendida ainda disse que não foi procurada pelo acusado após o fato e que o assédio começou entre as 10h18min para as 10h20min e terminou perto das 11:00 horas, no momento em que foi para casa, quando saiu chorando, de cabeça baixa”, versa trecho dos autos.

Atuação do médico

O médico Gian Almeida também atuava no consultório Prontocólon, especializado em proctologia, no bairro Centenário, em Campina Grande.

Ele está com o perfil privado no Instagram, onde acumula mais de 3,4 mil seguidores.

O profissional é mestre em Saúde Materno Infantil, especialista em Proctologia pelo Hospital Sírio-Libanês, e atualmente doutorando pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP).

Veja documento na íntegra:

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