Márcia afirma que sua prisão foi arbitrária e cita exemplo de Romero para ilustrar “seletividade”

A prefeita do Conde, Márcia Lucena (PSB), falou pela primeira vez sobre a sua prisão e o afastamento de quase uma semana da gestão municipal. Ela foi alvo da sétima fase da Operação Calvário e ficou presa do dia 17 ao 21 deste mês.

Márcia considerou sua prisão arbitrária e argumentou que não foi chamada em nenhum momento para prestar depoimentos ou esclarecimentos às autoridades acerca das acusações a qual está sendo submetida.

“Não é de hoje que vemos pessoas sendo presas no aeroporto quando essas pessoas têm casa, por exemplo. Eu nunca fui chamada para dar qualquer informação e, de repente, fui presa. O delator fala com outras pessoas sobre mim. Não tem nenhuma conversa dele comigo. Ele diz que gravou de gari a governador, mas nada meu apareceu. Por quê? Eu conversei com Daniel e coloquei minha equipe para conversar. O mais importante é que tudo que se diz nessa conversa com terceiros sobre mim, nunca se concretizou. Eu nunca contratei nenhuma organização social porque meu conceito político é outro. Acho que o Estado deve se ocupar da Educação e da Saúde. No Estado, eu saí dois anos antes das irregularidades apontadas”, esclareceu.

Ela considerou que a Operação Calvário tem um viés de seletividade ao apontar que o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), foi citado pelo delator, assim como ela, mas permaneceu incólume – o que, de acordo com ela, foi o correto, já que não havia provas.

“O que Daniel diz de mim, ele diz de Romero, mas o prefeito de Campina Grande continuou na prefeitura – que é o lugar onde ele deve realmente estar. Eu fui para o Júlia Maranhão. Qual é a diferença? Romero negou as acusações e não existe provas. É a mesma situação que eu vivo. Eu visualizo a seletividade”, afirmou.