Edvaldo Soares da Silva, acusado de estuprar e matar Rebeca Cristina, em 2011, vai a júri popular nesta quinta-feira (28), às 9h, no Fórum Criminal de João Pessoa. O réu é ex-padrasto da vítima e acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da ofendida, além de estupro qualificado. O julgamento vai acontecer sob presidência do juiz Marcos William de Oliveira, com oitiva de cinco testemunhas do Ministério Público e quatro da defesa.

O crime aconteceu no dia 11 de julho de 2011 e o corpo de Rebeca foi encontrado na Mata de Jacarapé, às 14h30. A adolescente Rebeca tinha apenas 15 anos, quando estuprada e assassinada no trajeto entre sua casa e o Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa.

No dia 7 de março de 2018, o TJPB decidiu que o Cabo Edvaldo Soares da Silva iria a júri popular. A decisão foi tomada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, que negou o recurso apresentado pelo acusado.

Os motivos do crime, segundo a denúncia do Ministério Público, estariam consubstanciados pelo perfil psicológico do réu, voltado à prática de crimes sexuais e pelo fato de a vítima ter descoberto que o Cabo Edvaldo mantinha ligações homossexuais com um homem não identificado.

“A vítima foi assassinada sem nenhuma chance de defesa, em forma de execução sumária, com um tiro na região occipital, após sofrer estupro”, diz parte da denúncia do MP, recebida pelo juiz, que, na época, decretou a prisão preventiva do réu, em garantia da ordem pública e da segurança da instrução criminal.

Na decisão, o juiz Marcos William de Oliveira afirma que os crimes de homicídio e estupro foram comprovados, conforme apontam os laudos de exame de corpo de delito. Segundo o laudo pericial, a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico, decorrente de ferimento causado por arma de fogo. A defesa do Cabo Edvaldo afirma que não existem provas que indiquem a coautoria e pediu a inocência do ex-padrasto de Rebeca.