Israel e militantes palestinos da Jihad Islâmica concordaram com um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em acordo mediado pelo Egito, que teve início às 22h deste sábado (13) no horário local, 16h no horário de Brasília.
O conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzahi Hanegbi, agradeceu ao presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, em nome do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e expressou o apreço de Israel pelos “esforços vigorosos do Egito para obter um cessar-fogo”, disse o gabinete do primeiro-ministro.
Hanegbi disse que “o silêncio será respondido com silêncio. Se Israel for atacado ou ameaçado, continuará a fazer todo o necessário para se defender.”
National Security Council (NSC) Director Tzachi Hanegbi, on instruction from Prime Minister Benjamin Netanyahu, thanked Egyptian President Abdel Fattah El-Sisi and expressed the appreciation of the State of Israel for Egypt's intensive efforts to secure a ceasefire.
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) May 13, 2023
Posicionamento parecido ao da Jihad Islâmica ao confirmar o cessar-fogo. “Declaramos que aceitamos o acordo egípcio e o cumpriremos enquanto Israel o respeitar”, disse o porta-voz do grupo, Dawoud Shehab. Um oficial do Egito também confirmou a trégua à BBC.
“À luz do acordo entre palestinos e israelenses, o Egito anuncia que um cessar-fogo foi alcançado”, diz um texto do acordo de trégua, a que a Reuters teve acesso.
“Os dois lados respeitarão o cessar-fogo, que incluirá o fim dos ataques a civis, a demolição de casas e o fim dos ataques a indivíduos imediatamente quando o cessar-fogo entrar em vigor”, diz também o texto.
Antes do acordo, a região teve mais ataques neste sábado. Forças de Israel mataram dois palestinos a tiros e feriram outras três pessoas na Cisjordânia. Segundo o ministério da saúde palestino, o ataque israelense aconteceu no campo de refugiados de Balata, próximo à cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia.
As tensões entre palestinos e israelenses aumentaram nos últimos dias e centenas de foguetes foram disparados de ambos os territórios.
O Egito vinha tentado mediar uma trégua desde a intensificação dessa última onda de violência na região, que até agora matou pelo menos 33 palestinos e duas pessoas em Israel, além de deixar 147 feridos. Entre os mortos estão, pelo menos, seis crianças. Do g1.