A hipocrisia vem permeando a sociedade brasileira. Em “nome de Deus”, arautos da moralidade alheia, acusam, julgam e condenam inocentes. A vítima da vez foi uma criança de 10 anos de idade.
Estuprada desde os seis anos pelo tio adulto, a vítima sequer pôde ser criança, não sabia o que era sexo, sequer tinha noção dos porquês da tortura que sofria, e foi engravidada. Uma criança com outra criança no ventre, ambas condenadas pela turba, falso moralista.
Marginais instigados por uma sociopata, com o pseudônimo de Sara Winter, que divulgou nome e endereço da criança estuprada, e esse covil tentou invadir o hospital, que autorizado pela Justiça, socorria a vítima.
Na verdade, essa gente vestida em pele de cordeiro, só queria continuar a tortura. Nunca se preocuparam com a vida, sequer molestaram o estuprador. Seria corporativismo? Marginal protegendo marginal?
Falam em “nome de Deus”, mas pregam violência e tortura, arrancam dinheiro de inocentes em desespero, subvertem a ordem, tentando transformar a vítima em algoz.
Parte da nossa sociedade está doente, vive como zumbis seguidores; perderam a capacidade de pensar, raciocinar. Sem ajuda de marginais, qualquer um desclassificado moral se diz líder, e encontra liderados.
Precisamos muito mais que uma falsa droga para nos curarmos; espero que essa contemporânea idade das trevas desapareça. Mas confesso estar muito incrédulo, pois essas barbáries, que são quase diárias, me machucam demais.
- Texto: Joaci Tavares de Araújo Júnior
- Consultor contábil e ativista político