Foragida, esposa de Queiroz deve ser incluída na lista de procurados da Interpol

Será dado alerta vermelha para a prisão de Márcia. Informação é do colunista Guilherme Amado, da Época

Se não se entregar hoje, Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, terá seu nome enviado à Interpol. Será dado alerta vermelha para a prisão de Márcia. A informação é do colunista Guilherme Amado, da Época.

+ Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, é preso por esquema de ‘rachadinha’

Considerada foragida desde a manhã desta quinta-feira (18) pela Justiça do Rio de Janeiro, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, é uma das 63 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial de R$ 600 mensais criado para ajudar famílias de baixa renda durante a pandemia de covid-19.

O cadastro de Márcia foi deferido pela Caixa Econômica Federal e o primeiro pagamento já foi depositado em uma conta digital aberta na Caixa em nome dela.

Queiroz apareceu

Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), foi preso em Atibaia, interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (18). Ele estava em um imóvel do advogado do parlamentar.

Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”, segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf).

Os mandados de busca e apreensão e de prisão contra Queiroz foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A prisão foi feita numa operação da Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo.

Queiroz foi assessor e motorista de Flávio Bolsonaro até outubro de 2018, quando foi exonerado. O procedimento investigatório criminal do Ministério Público Estadual do RJ que apura as irregularidades envolvendo Queiroz na Alerj chegou a ser suspenso por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, após pedidos de Flávio Bolsonaro em 2019.

As investigações envolvem um relatório do Coaf, que apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj. Recursos usados para pagar funcionários na Alerj voltavam para os próprios deputados estaduais.

A movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta do ex-assessor do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro ocorreu, segundo as investigações, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, incluindo depósitos e saques.