Dólar vai a R$ 4,19, segundo maior valor nominal da história

O dólar subiu pelo segundo pregão seguido nesta quarta-feira (13) e foi a R$ 4,19, alta de 0,55%. Este é o segundo maior valor nominal (sem contar a inflação) da história. O pico nominal da moeda americana é de 13 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais, quando o dólar foi a R$ 4,197, segundo cotação da CMA.

A alta da moeda é fruto de uma aversão a risco de investidores com a guerra comercial entre China e Estados Unidos e protestos na América Latina.

Nesta quarta (13), o jornal americano The Wall Street Journal noticiou que ‘fase 1’ do acordo entre os países teria esbarrado na compra de insumos agrícolas americanos pelos chineses. Os EUA quer fixar uma quantidade, em bilhões de dólares, a ser comprada, enquanto a China acredita que tal demanda favoreceria os americanos, sem que os chineses fossem favorecidos na mesma medida.

A expectativa do mercado era que a primeira fase do acordo fosse assinada antes do final do ano. Em discurso na terça-feira (12), o presidente americano Donald Trump disse que na ausência de um tratado, novas tarifas serão aplicadas a importações chinesas.

A piora na tensão comercial intensificou o viés negativo da América Latina, que vive protestos. Na véspera, a cotação do dólar atingiu sua máxima histórica no Chile, sob greve geral e expectativa de mudanças na Constituição. O pico foi renovado nesta quarta (13), a 794,97 pesos por dólar.

O Brasil é contaminado pela depreciação das moedas latinas, além do real viver processo de depreciação desde o fracasso do leilão do pré-sal. A expectativa do mercado era de alta participação dos estrangeiros e grande entrada de dólares no país, o que não se concretizou.

A Bolsa brasileira opera em queda de 0,7%, a 106 mil pontos, também pressionada pela aversão ao risco. As informações são da Folha.