O desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é alvo da Operação Plantão, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (24). Ele é investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela suspeita de venda de sentenças no fórum da capital.
O ministro do STJ Luis Felipe Salomão foi o responsável pela ação, que conta com o apoio das corregedorias do tribunal e da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O inquérito corre em sigilo.
A Polícia Federal esteve na casa do magistrado na Gávea, Zona Sul do Rio, e no gabinete dele, no Tribunal de Justiça, no centro.
“Os procedimentos de buscas e apreensão de provas estão sendo realizados em endereços residenciais, comerciais e profissionais dos investigados”, diz a nota da PF.
Siro Darlan é um magistrado conhecido por decidir casos de grande repercussão. Ele foi responsável pela soltura, no início de setembro, dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha, que cumpriam pena por receber propina na construção de casas populares em Campos dos Goytacazes, no Rio. A decisão foi deferida durante plantão do judiciário no Rio, menos de 24 horas após a prisão preventiva do casal.
O desembargador é de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, mas mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951 aos dois anos de idade. Em 2005 recebeu uma Moção de Aplausos, proferido pela Câmara de Vereadores do Município de Cajazeiras – PB.
Siro Darlan repercutiu ainda como titular da 1ª Vara de Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Em 2000, ele proibiu a participação de crianças e adolescentes na novela “Laços de Família”, da TV Globo. Em 2001, ele proibiu a entrada de menores de idade em um show da banda carioca de rap-rock, Planet Hemp, na Praça da Apoteose e também a participação de meninas menores de 18 anos de participar de desfile de moda sem autorização da justiça.