Celular Seguro: saiba como vai funcionar o aplicativo do governo para inibir roubos

Disponibilidade do app para todos os brasileiros será nesta quarta-feira (20); Anatel e bancos serão parceiros da iniciativa

O Celular Seguro, serviço com o qual o governo federal pretende inibir roubos de smartphones, poderá, num primeiro momento, ajudar a bloquear o acesso de bandidos à linha telefônica e a aplicativos de bancos ao notificar terceiros sobre crimes.

Mas ainda não será capaz de fazer dos aparelhos “um pedaço de metal inútil” na mão dos bandidos, como pretende o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O aplicativo e o site “celularseguro.mj.gov.br” (ainda indisponíveis) permitirão que quem teve o celular roubado ou furtado avise várias instituições de uma vez. Eles serão apresentados nesta terça-feira (19), tendo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e bancos como parceiros.
A disponibilidade para todos os brasileiros será nesta quarta-feira (20), confirmou a pasta.

Com base em informações divulgadas pelo ministério, especialistas comentaram o que pode ser positivo e quais são os desafios para que o serviço alcance a finalidade pretendida. Confira os principais pontos levantados:

  • A proposta prevê que quem se cadastrar previamente e tiver o celular roubado, furtado ou perdido poderá registrar uma “ocorrência” no aplicativo;
  • O alerta será enviado, ao mesmo tempopara operadoras de telefonia e bancos que participam da iniciativa;
  • Se a ideia se cumprir, a vítima perderá menos tempo para entrar em contato com cada instituição;
  • Por outro lado, não há garantia de bloqueio imediato. A associação de operadoras de telefonia fala em até 6 horas para encaminhar o pedido às operadoras e mais 1 dia útil para a linha ser bloqueada. Alguns bancos participantes citam bloqueio imediato, mas outros têm prazo de até meia hora, a partir do recebimento do alerta feito pelo app.
  • Outra questão é que os aparelhos não ficarão totalmente inutilizados. Para isso, seria preciso que os sistemas também fossem bloqueados, mas entre os principais desenvolvedores, apenas o Google (dono do Android) é citado como parceiro. Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, disse que a pasta está conversando com a Apple, dona do iOS, que é o sistema operacional dos iPhones.

Do g1