O Governo do Estado, por meio da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), trabalha para pôr um fim no problema da oferta de água em Santa Rita, depois de mais de décadas sem investimentos no setor. Em um projeto inédito, mais de R$ 6 milhões estão sendo investidos na ampliação do sistema de abastecimento de água dos bairros de Marcos Moura e Tibiri. A primeira etapa já foi concluída e a obra deverá ser entregue à população até o final deste semestre. No total, 35.316 pessoas serão beneficiadas.
De acordo com o diretor de Expansão da Cagepa, Leonardo Brasil, já foram instalados 33,6 mil metros de rede de distribuição de água, com 436 ligações domiciliares, totalizando em 6.927 metros de adutoras de água tratada. Além disso, o booster de água tratada foi ampliado e foi construído um reservatório apoiado, com capacidade para armazenar 3.000 metros cúbicos, e uma estação elevatória. Ao todo, foram investidos mais de R$ 5,6 milhões nesta primeira etapa.
Nesta semana, foi assinada a ordem de serviço para iniciar a ampliação da subestação de energia. “Atualmente, trabalhamos em sistema de revezamento para bombear Marcos Moura e Tibiri. Com a nova subestação, poderemos ativar as duas bombas e trabalhar independentemente em cada bairro, otimizando o abastecimento”, afirmou o diretor da Cagepa, acrescentando que a nova subestação de energia representa um investimento de mais de R$ 481 mil e será executado em 90 dias, com prazo de conclusão até junho deste ano.
Combate ao desperdício
Segundo Leonardo, todas as obras e reforço que estão sendo feitos no sistema de abastecimento serão insuficientes, caso o desperdício de água continue alto na cidade. Ele adiantou que, para complementar os serviços de ampliação, quatro equipes da Cagepa estão realizando uma força-tarefa nas fiscalizações, visando combater irregularidades e ligações clandestinas na área.
De acordo com o diretor de Operação e Manutenção da Cagepa, José Mota Victor, apenas em Marcos Moura, estão sendo vistoriadas 810 residências e estabelecimentos comerciais, cuja situação de água consta como cortada no sistema da empresa.
“Estamos verificando se realmente esses ramais de água estão cortados ou estão ligados clandestinamente. Em menos de uma semana de fiscalização já autuamos 62 imóveis. Essa ação é necessária porque quem não paga pela água não se preocupa em consumir mais do que o necessário. Se as pessoas continuarem desperdiçando, as obras não vão impactar em nada na melhoria dos serviços”, destacou José Mota, acrescentando que em março a Cagepa intensificará as fiscalizações no bairro de Tibiri.