Biomédica brasileira desenvolve chip que detecta 18 tipos de câncer

A professora universitária e especialista em biomedicina Deborah Zanforlin desenvolveu um dispositivo que promete avanços significativos no diagnóstico precoce e tratamento de 18 tipos de câncer. Trata-se de um chip que, através de um exame de sangue, identifica a doença mesmo no estágio inicial, fornecendo o resultado em apenas quinze minutos. O chip ainda tem outra vantagem: não libera radiação. Todo o sistema necessário para sua utilização é portátil e pode ser levado para cidades remotas, onde a população tem menos recursos de saúde disponíveis.

Deborah Zanforlin

A biomédica também não descarta que a tecnologia possa ser usada para outros tipos de diagnóstico. “O chip pode ser utilizado para outras doenças no futuro, mas eu estou há cerca de dois anos focada no diagnóstico e tratamento do câncer”, explica. A biomédica pernambucana Deborah Zanforlin (à esquerda) (Reprodução: Divulgação) Atualmente, o projeto denominado ConquerX está em fase de desenvolvimento de relatórios que serão entregues à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e também ao FDA (Food and Drugs Administration, dos EUA) para que as duas agências avaliem a possível liberação do biossensor para uso em larga escala. Deborah viajou nesta quarta-feira (06) para Stanford, na Califórnia (Estados Unidos), para apresentar seu projeto na competição internacional BioSciKin nesta quinta-feira (07). A pernambucana natural de Caruaru contou que seu biossensor mapeia marcadores sanguíneos liberados pelas células cancerígenas e que isso permite o diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura em até 70%. Segundo ela, um dos principais objetivos de seu projeto é fazer com que as pessoas deixem de enxergar o câncer como sendo uma sentença de morte, já que, graças à tecnologia, é possível detectá-lo com rapidez, o que aumenta a probabilidade de sucesso no tratamento.

As informações são do R7.