Em agosto de 2017, Edith registrou em cartório uma Escritura Pública de Declaração afirmando que a denúncia de assédio sexual envolvendo a funcionária da Ordem, Lanusa do Monte, e o Secretário-geral, Assis Almeida, não passou de uma conspiração e de uma armação da servidora com o envolvimento do vice-presidente Raoni Vita e da tesoureira Tainá de Freitas. Eles, por sua vez, deram entrada em duas queixas crime contra Edith, com igual teor.
Nesta segunda-feira (26), houve o desfecho no processo onde a advogada é acusada de injúria e difamação. Segundo Raoni, o pedido de acordo de Edith e a sua retratação comprovam que não houve armação e finalmente restabelece a verdade dos fatos. Ele afirmou que a sua intensão e de Tainá foi evitar que Lanusa fosse vítima de perseguição, ainda mais dentro da Casa dos Direitos Humanos.
Entenda o caso – Lanusa era secretária da OAB há 19 anos e denunciou ter sido vítima de assédio sexual contra o Secretário-geral, Assis Almeida. Mesmo tendo a palavra do presidente da Ordem, Paulo Maia, de que seria protegida, a secretária foi demitida e não teve direito a defesa, passando de vítima a culpada. Hoje, três processos tramitam na Justiça contra o Secretário-geral.
Vale lembrar que no início do caso, Edith se colocou à disposição de Lanusa e se apresentou como a sua advogada.
A ex-secretária tem laudos do INSS que comprovam o grave abalo emocional pelo qual passou, recomendando que volte a trabalhar em qualquer lugar, menos na OAB. Casada e mãe de um filho, Lanusa passou a vender quentinhas para sobreviver e agora conseguiu um novo emprego. Até hoje, ela toma medicação em decorrência de todo o problema vivenciado.