Dos 12 integrantes da bancada paraibana na Câmara Federal, onze compareceram à sessão da noite desta segunda-feira (12) que cassou o mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista foi cassado com o voto de 450 parlamentares.
Dez deputados paraibanos votaram pela cassação de Cunha. Wellington Roberto (PT) voou contra, enquanto Hugo Motta (PMDB) faltou à sessão. Os dois, mais Aguinaldo Ribeiro (PP) e Manoel Júnior (PMDB), eram considerados aliados de primeira hora do parlamentar cassado.
Cunha foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Além da perda de mandato, o peemedebista foi atingido pelos efeitos da Lei da Ficha Limpa e, consequentemente, também fica condenado à perda dos direitos políticos por oito anos, com declaração automática de inelegibilidade.
Ao todo, foram 335 dias de disputa desde que, em 13 de outubro de 2015, PSOL e Rede protocolaram representação que resultou no processo por quebra de decoro parlamentar.
Durante a sessão desta noite, defesa e acusação falaram por cerca de 1 hora e 15 minutos, em que um terço desse tempo foi usado por Cunha e seu advogado, Marcelo Nobre. Depois da fase de argumentação, alguma discussão se instalou em plenário, com troca de acusações entre parlamentares e pedidos de votação de textos alternativos, apresentados por aliados do peemedebista.
Um dos principais defensores de Cunha durante todo o processo, Carlos Marun (PMDB-RS), queria que uma punição mais amena fosse levada a votação, por meio de projeto de resolução apresentado João Carlos Bacelar (PR-BA). Mas a sugestão foi rejeitada e, superada essa etapa, a maioria do plenário aprovou o encerramento das discussões, abreviando um debate que registraria a intervenção de 39 inscritos.