Gadget melhora o sinal do 3G, mas não funciona no 4G

Com uma das piores e mais lentas internet do mundo, o jeito [na maioria das vezes] é recorrer à tecnologia para conseguir se manter conectado no Brasil, principalmente em áreas mais afastadas das grandes capitais. Por isso, não é de se surpreender que exista um aparelho que promete seis vezes mais alcance e até 400 vezes mais sinal da rede 3G. Mas será que o Link 3G, com preço sugerido de R$ 549, realmente funciona?

O UOL Tecnologia contou com o auxílio do Instituto Mauá de Tecnologia para testar o produto, que, segundo a fabricante, possui uma antena de alto ganho capaz de aumentar a qualidade do sinal do local em que estiver instalado. “O que ele faz é basicamente uma varredura das antenas mais próximas para captar o sinal”, explica o professor de Engenharia da Computação João Carlos Lopes, que coordenou os testes.

Seu uso é bastante simples e, além de uma tomada (fonte 12V), depende de um chip habilitado com pacote de dados. É compatível a qualquer operadora de celular em conexões 2G e 3G e sua antena funciona em cinco frequências diferentes. Mas o melhor é que o usuário não precisa saber qual delas é a usada por sua operadora. O Link 3G é capaz de fazer a identificação automaticamente.

“O primeiro passo é buscar o melhor posicionamento para a instalação do equipamento. Ou seja, deve ser escolhido o espaço que captou o maior número de antenas”, orienta Lopes. O aparelho emite um sinal sonoro que pode ajudar o usuário nessa missão. Quanto mais forte for o sinal recebido mais contratante será o som emitido. De acordo com o professor, o aparelho pode ser instalá-lo tanto em ambientes internos como externos. A fabricante informa que o gadget possui proteção contra poeira, água e raios ultravioletas.

Já a velocidade da conexão vai depender muito do pacote de dados contrato pelo usuário, como destaca o professor do Instituto Mauá de Tecnologia. Segundo ele, a rede 3G se limita a taxas de download de até 12 megabits por segundo. “É uma pena que o aparelho não seja adaptado à rede 4G”, lamenta Lopes, que aponta a incompatibilidade como uma das principais desvantagens do produto.

Ainda assim, de acordo com ele, o produto, que pode se tornar dispensável nos grandes centros, tende a ser bastante útil em locais que não têm a cobertura da rede 4G nem mesmo outras formas de conexão como o cabo ou a fibra. “Essa, infelizmente, ainda é a realidade de muitos brasileiros.” As informações são do Uol.