Vídeo: Ricardo Coutinho diz no IGF que a internet deve democratizar a comunicação

O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou que sempre é importante discutir os caminhos da Internet e esse é o papel fundamental do Fórum de Governança da Internet (IGF). Para ele, segurança e responsabilidade devem ser alvo de debates no evento, pois “a internet não é território de ninguém”.

“As pessoas devem ter a consciência de que, aquilo que se diz, as pessoas respondem por isso. É assim e a democracia pressupõe isso. Não é dizer que a internet é um território livre e você posta ataques a qualquer que seja. Você diz a sua opinião e você responde por ela”, afirmou.

Ricardo Coutinho ainda afirma que é fundamental que a opinião e o uso dela na internet seja horizontalizada. “É que a democratização da comunicação passa pela internet. Não é contra fulano, sicrano ou beltrano que seja donos dos impérios, mas é a favor do acesso à informação. A internet cumpre e precisa cumprir, ao longos dos próximos anos esse papel, sem prejuízo às demais formas de comunicação. Mas é fundamental compreender que nós precisamos investir nessa questão da busca de uma sociedade mais democrática”, declarou.

Primeiro dia oficial

A manhã do primeiro dia oficial da décima edição do Fórum de Governança da Internet (IGF) da Organização das Nações Unidas (ONU) foi marcada pela conferência principal, com participação de autoridades do Brasil e diversos países, moderada pela subsecretária para Relações Internacionais da ONU, Nermine Elsaadany. A sessão foi marcada pela fala de representantes de diferentes nacionalidades, de governos e sociedade civil. As falas dos participantes apontaram assuntos concernentes aos direitos humanos e acesso à internet, de oportunidade para todos, privacidade dentro e fora da rede (online e offline) e, em especial, de cibersegurança.

O professor Claudio Furtado, presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e membro da Comissão Brasileira do IGF, explicou que a conferência principal teve participação de ministros da comunicação de diferentes países e a possibilidade de membros da sociedade civil de questionar o marco civil da internet de vários locais do mundo. “O que para mim é particularmente interessante nesse evento é a discussão da parte técnica, de novos desenvolvimentos, de como será a internet do futuro. Nessas discussões, podemos ver o que virá por aí em termos de inovação tecnológica”, comentou Furtado.

Entre as nacionalidades presentes na discussão da conferência principal, foi possível verificar representantes do Afeganistão, Canadá, Egito, Espanha, Estados Unidos, Indonésia, entre outros – diferentes culturas e backgrounds tentando chegar a um denominador comum sobre a governança da rede mundial.