Vacina Qdenga: o que se sabe sobre a vacina contra a dengue no SUS

Imunizante, produzido pelo laboratório japonês Takeda, já havia passado pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias

Foto: Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados

Em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda, já havia passado pelo crivo da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias (Conitec) no SUS.

Na ocasião, órgão recomendou a incorporação com prioridade em regiões do país com maior incidência e transmissão do vírus, além de faixas etárias de maior risco de agravamento da doença.

A imunização contra a dengue na rede pública será focada em públicos específicos e em regiões consideradas prioritárias. Devido à restrita capacidade do laboratório de fornecer altos volumes de doses, a pasta reforçou que a vacina não seria utilizada em larga escala em um primeiro momento.

Ainda para este mês, está prevista a articulação entre entre o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) para definição da melhor estratégia de utilização do quantitativo disponível da vacina. A  previsão é que sejam entregues 5.082 milhões de doses entre fevereiro e novembro de 2024, sendo que o esquema vacinal da Qdenga é composto por duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas, de acordo com o laboratório Takeda.

Segundo especialistas da CTAI, o ministério deve seguir a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e priorizar a vacinação contra a dengue na faixa etária entre 6 e 16 anos, conforme preconizou o Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE, na sigla em inglês). A pasta, entretanto, informou que definiria, em conjunto com estados e municípios, qual a idade a ser priorizada dentro dessa janela, diante do quantitativo reduzido de doses.