UFPB lança comitê de políticas de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) inaugurou, na manhã desta segunda-feira (25), o Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (CoMu). O evento aconteceu no Auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), no campus I, em João Pessoa, durante o III Seminário Mulheres e Universidade.

A solenidade contou com a presença da reitora Margareth Diniz, da secretária de Políticas Públicas para as Mulheres de João Pessoa, Adriana Urquiza, do secretário de Segurança e da Defesa Social do Estado da Paraíba, Jean Francisco Bezerra Nunes e da secretária da Mulher e da Diversidade Humana do Estado da Paraíba, Gilberta Soares, para assinatura de Protocolo de Intenções.

Entidades da sociedade civil e instituições que compõem a rede de atendimento à Mulher em Situação de Violência também estiveram presentes, assim como a Patrulha Maria da Penha, Centro de Referência Ednalva Bezerra, além de parceiros institucionais.

Os protocolos de intenções têm por objetivo a cooperação entre as partes na realização de ações de prevenção e enfrentamento às violências contra as mulheres, proporcionando às mulheres que convivem na UFPB o acolhimento e o atendimento nos serviços e programas já disponibilizados pelas partes. Na solenidade, ocorreu também a posse das conselheiras eleitas para o Conselho Gestor do CoMu.

Atendimentos

O CoMu foi criado pela Resolução n° 26/2018, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni), e desde março vem atendendo mulheres em situação de violência que estudam, trabalham e convivem na UFPB. Ao todo, há, neste momento, 25 mulheres acompanhadas pelos setores de acolhimento e enfrentamento, sendo uma média de cinco novos casos por mês.

A maioria das mulheres atendidas é parda ou branca (32%), estudante (68%) e 16% são mulheres trans. As principais queixas de violência são de assédio moral (20%), violência institucional (17,1%) e assédio sexual (14,2%). Das violências sofridas, 84% ocorreram dentro da UFPB. Professores, chefes e estudantes (16,6%) são os principais agentes violadores.

Das mulheres acompanhadas, 12% possuem processo administrativo disciplinar contra os agressores e 60% foram encaminhadas para algum serviço de psicologia ou já estava em acompanhamento psicológico.