Times patrocinados pela paraibana PixBet exigem debate sobre regulamentação de apostas

Flamengo, Vasco da Gama, Corinthians e Santos assinam nota conjunta junto com outros quatro times que rebate proposta de Haddad

Em uma nota conjunta, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco da Gama, Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos, se posicionaram sobre a proximidade da regulamentação das casas de apostas por por Medida Provisória, da Lei nº 13.756/2018 e expressaram “preocupação”. A casa de apostas paraibana Pixbet é patrocinadora oficial de Flamengo, Vasco da Gama, Corinthians e Santos.

Os clubes alegam que hoje as empresas do setor são responsáveis por grande parte das receitas de marketing. No Brasileirão 2023, por exemplo, apenas o Cuiabá não possui uma parceria com uma marca do setor. Na Série B, todos os participantes já estão com uma parceria em atividade.

O posicionamento se dá, principalmente, pois as equipes paulistas e cariocas desejam ser consultadas e tenham caminho livre para propor melhorias.

“Nesse sentido, surpreende aos Grandes Clubes do Eixo RJ x SP que a proposta de regulamentação se dê sem que os Clubes tenham sido consultados ou lhes tenha sido oportunizado voz para sugerir melhorias e adequações à Lei nº 13.756/2018, e sem a devida discussão”, destacou o comunicado.

Para eles, a falta de representatividade pode acarretar problemas no futuro, com a MP sendo aprovada e nenhuma organização esportiva ter sido ouvida.

“É imprescindível que os Clubes de Futebol tenham participação direta nas discussões legislativas que envolvam a regulamentação da atividade das empresas de aposta eletrônica, permitindo-se que se posicionem de forma clara e pública acerca do que entendem justo e correto no tocante à referida regulamentação, visto que ninguém está autorizado a lhes representar nesse debate”, acrescentou.

Para operar no Brasil, sites terão que pagar licença de R$ 30 milhões que será válida por cinco anos. Quem não aceitar, estará proibido de fazer publicidade.

“Há questões relevantes a serem debatidas, como contrapartida pela utilização das marcas e eventos dos Clubes, bem como o cuidado no tratamento fiscal, para evitar o risco de colapso da atividade, o que traria grandes prejuízos para todos”, salientou.

Vale lembrar que o segmento foi o terceiro mais presente nos uniformes no ano passado, perdendo apenas do imobiliário/construção e financeiro.

“Dessa forma, os Grandes Clubes do Eixo RJ x SP vêm, pela presente, postular participação direta nos debates, confiando que o Poder Executivo e, posteriormente, o Poder Legislativo, irão adotar todas as cautelas necessárias, permitindo uma ampla participação dos Clubes de Futebol do Brasil nessa relevante e valorosa discussão”, finalizou a nota.

Especula-se que o segmento de apostas no Brasil movimente aproximadamente R$ 150 bilhões. Desse montante, as empresas investem R$ 3 bilhões em patrocínios e marketing.

Fernando Haddad se reuniu com empresas do setor

Em março, Fernando Haddad se reuniu com players do segmento de apostas para ouvir sugestões e solicitar dados sobre o mercado brasileiro.

O objetivo é que as casas de apostas que atuam no Brasil tenham suas unidades no país e passem a arrecadar impostos sobre a atividade, assim como paguem pela taxa de licenciamento.

Entre as empresas, estiveram na reunião a Betano (Alexandre Fonseca, Júlio Iglesias Hernando e Ioannis Spanoudakis), Conta Zap e Zap Bets (Roberto Campos Marinho Filho), Betnacional (Bernardo Freire), Galera.bet (Saul Valt e Marcos Sabiá), Vai de Bet (José André da Rocha Neto) e F12 (Marcelo Moreira Seiroz).

Do Mkt Esportivo