A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) emitiu um comunicado à população, publicado nesta quarta-feira (5), após o aparecimento do peixe-leão no litoral paraibano. As ocorrências foram nas praias do Jacumã e Seixas. De acordo com o órgão, apesar da espécie ser venenosa, não há motivos para pânico.
Por outro lado, a Sudema afirmou que a espécie pode ser uma ameaça à biodiversidade e causar acidentes com banhistas. De acordo com o chefe da Divisão de Fauna da Sudema, Leandro Silvestre, a espécie é uma bioinvasora com alta adaptabilidade, que se alimenta de crustáceos e outros peixes.
“A ausência de predadores naturais faz com que a espécie não seja considerada como alimento pelas espécies nativas que habitam os corais, favorecendo sua proliferação. Portanto, o peixe-leão possui uma dieta variada, uma elevada taxa reprodutiva e não possui predadores naturais, fatores que favorecem seu crescimento populacional na costa litorânea”, explicou.
Além de afetar a biodiversidade local, o peixe pode causar acidentes quando em contato com os banhistas. Seu veneno pode causar dor, náusea e até convulsões.
“A presença da espécie pode gerar acidentes não letais. Deste modo, recomenda-se que, ao avistar o animal, o banhista informe o fato às autoridades ambientais, detalhando a localização aproximada”, acrescentou Leandro.
Apesar dos registros, a Sudema esclarece que não há motivo para pânico: “Estamos buscando orientar a população, sobretudo pescadores e mergulhadores, sobre a presença dessa espécie e a importância de sermos sempre informados de seu aparecimento. O cuidado principal é não entrar em contato com o animal e comunicar as autoridades o quanto antes”, acrescentou o superintendente Marcelo Cavalcanti.
A Sudema orienta que caso um exemplar de peixe-leão seja encontrado, a população comunique imediatamente a Sudema através do (83) 92000-7927 ou por meio do formulário eletrônico.