Resort: grupo vai investir R$ 500 milhões e gerar 3 mil empregos em João Pessoa

O Grupo Tauá de Hotéis, rede com operações em Minas Gerais, Goiás e São Paulo, vai investir aproximadamente R$ 500 milhões na construção de um resort com parque aquático em João Pessoa. É a primeira operação do grupo no litoral nordestino.

O grupo vai pedir empréstimo no Banco do Nordeste (BNB) da ordem de R$ 200 milhões para financiar parte das obras. O restante será pago com recursos próprios.

O investimento é anunciado em um momento aquecido para o setor. O setor de turismo cresceu 29,9% em 2022 e cresceu 13,8% o primeiro bimestre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Resorts Brasil, está prevista a abertura de dez resorts no país nos próximos anos, sendo seis no Nordeste.

“Como nossos clientes já viajam para o Nordeste tem sentido ter um hotel para eles visitarem nas férias”, afirmou Daniel Ribeiro, CEO do Grupo Tauá de Hotéis. A maioria dos clientes dos hotéis no Nordeste são de São Paulo, Brasília, Goiânia e Minas Gerais, mesmo público do grupo, que possui resorts em Caeté (MG), Alexânia (GO), Atibaia (SP) e Araxá (MG) e um hotel da bandeira Alegro em Atibaia.

O empreendimento será instalado no Polo Turístico de Cabo Branco, na capital da Paraíba, em um terreno de 300 mil metros quadrados, em frente ao mar. O hotel terá 1.100 apartamentos, parque aquático totalmente coberto e climatizado (indoor), parque indoor para crianças, restaurantes, área verde de 10 mil metros quadrados e outras áreas de entretenimento. A previsão é que o resort seja inaugurado até o fim de 2026. “O resort começará a operar com 500 apartamentos e depois será ampliado”, afirmou Ribeiro. O grupo prevê gerar 2 mil empregos durante a fase de obras e 1 mil empregos quando o resort entrar em operação.

Um dos fatores para a escolha do terreno é a localização, a 20 minutos de carro do aeroporto de João Pessoa, a 125 quilômetros de Recife e a 140 quilômetros de Natal. As três capitais são as de maior movimentação em aeroportos.

Ribeiro disse que o grupo opta por instalar hotéis próximos a grandes centros, onde turistas possam ir de avião ou de carro. A exceção é o Grande Hotel de Araxá. A taxa de ocupação, segundo Ribeiro, tem variado entre 40% e 65% neste ano. A taxa mais alta de ocupação é nos hotéis de Atibaia.

Nos hotéis de São Paulo, segundo Ribeiro, a receita vem principalmente de eventos empresariais. Os outros empreendimentos atraem mais turistas de lazer. “Acho que o novo resort vai ser um grande diferencial no Nordeste como opção para convenções. O resort terá um auditório para 3 mil pessoas”, observou.

Além da compra do terreno no litoral de João Pessoa, o grupo prevê investimentos de R$ 400 milhões na expansão e modernização dos outros resorts. No ano passado, os investimentos do grupo somaram R$ 45 milhões.

Em Atibaia, será concluída a construção de 250 novos quartos, aumentando a capacidade para 780 apartamentos, a instalação da piscina de ondas e de uma montanha russa aquática. Ribeiro disse que serão construídos parques aquáticos indoor nos resorts de Alexânia e Caeté. “De 2023 a 2028 os investimentos devem chegar a R$ 700 milhões”, disse o executi

O Grupo Tauá de Hotéis encerrou 2022 com receita de R$ 425 milhões e a previsão para este ano é crescer 29,4%, para R$ 550 milhões. Ribeiro estima que o novo resort gerará uma receita anual da ordem de R$ 250 milhões quando estiver em plena operação.

O Grupo Tauá de Hotéis foi fundado em 1986 pelo casal João Pinto Ribeiro e Lizete Chequer e continua com a família. O grupo emprega 2 mil pessoas. Do Valor Econômico.