Queiroga defende isolamento, uso de máscara e critica ‘aglomerações fúteis’

Futuro ministro disse que somente com a restrição de circulação e melhor capacidade dos serviços hospitalares a Covid-19 será combatida

Imagem: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

No primeiro discurso após anúncio da transição na pasta da Saúde, o futuro ministro Marcelo Queiroga defendeu o distanciamento social contra a Covid-19. Em coletiva na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ele disse que somente com a restrição de circulação e melhor capacidade dos serviços hospitalares a doença será combatida.

“Esse impacto desses óbitos, vamos conseguir reduzir com dois pontos principais. Primeiro com campanhas de distanciamento social próprias que permitam diminuir a circulação do vírus. E segundo com uma melhora na capacidade assistencial dos nossos serviços hospitalares”, disse. Para ele, a vacinação pode reduzir as internações e mortes a “médio” prazo.

Ele reforçou o conselho de evitar aglomerações e usar máscaras, ambos criticados e não seguidos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). “Não adianta o governo ficar recomendando o uso de máscara se as pessoas não são capazes de aderir a esse tipo de medida que é um tipo de medida simples, que não demanda grandes custos. O governo recomenda por exemplo redução de aglomerações fúteis e as pessoas ficam fazendo festas aos fins de semana contribuindo para a circulação do vírus”, argumentou.

O distanciamento social também foi defendido pelo médico ontem, durante anúncio da transição dos cargos no Ministério. Apesar de ir contra posições de Bolsonaro, Queiroga reforçou a importância do Executivo e dos trabalhos já iniciados por Pazuello enquanto ministro. Ele alegou que pode “fazer ajustes necessários” na pasta quando questionado se mudará a equipe técnica. “A política pública colocada no governo, não só no Ministério da Saúde mas nos outros ministérios, é a politica pública do governo federal, do presidente da República, que foi eleito pelo povo brasileiro. É óbvio que o presidente confere autonomia aos ministros, mas também cobra resultados. O presidente deu autonomi.