Em assembleia realizada nesta quinta-feira (23), os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) rejeitaram a proposta de reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026 apresentada pelo Governo Federal.
Segundo a categoria, os índices propostos estão abaixo das expectativas e não garantem a recomposição das perdas salariais acumuladas desde 2016, que segundo os docentes, chegam a 22,71%.
Na mesa de negociação, os professores reafirmaram a reivindicação por um reajuste de 7,06% em 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026.
Além da recomposição salarial, a categoria também cobra o fim dos cortes no orçamento das universidades, que, segundo os docentes, vêm afetando investimentos em pesquisa, extensão, auxílios e bolsas para os estudantes.
Nova assembleia definirá o futuro do movimento
Em resposta à rejeição da proposta do governo, a Associação dos Docentes da UFPB (Aduf-PB) decidiu antecipar a próxima assembleia da categoria, que inicialmente estava prevista para o dia 5 de junho, data do retorno das aulas.
A nova reunião acontecerá na próxima semana, no dia 29, para que os alunos que residem em outros estados e estão de férias possam se programar em caso de deflagração da greve.
Movimento em sintonia com outras universidades
O presidente da Aduf-PB, Cristiano Bonneau, destaca que o posicionamento dos docentes da UFPB está em consonância com o que vem ocorrendo em outras universidades federais do país.
A categoria, em geral, de acordo com ele, critica a postura do Governo Federal e cobra medidas que garantam a valorização dos profissionais da educação e a qualidade do ensino público.
Aduf-PB representa mais de 2 mil professores
A Aduf-PB é a entidade que representa os professores da UFPB, tanto ativos quanto inativos. A associação possui mais de 2 mil filiados e atua na defesa dos direitos da categoria, na promoção da qualidade do ensino e na luta por uma sociedade mais justa e igualitária.