Antônio Abrantes, um policial militar reformado, teve sua prisão temporária mantida em uma audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (30), em Campina Grande. Ele é suspeito de ter assassinado a professora Honorina de Oliveira Costa e ocultado o seu cadáver no Açude do Cais, em Cuité.
Durante a audiência, o delegado Rodrigo Monteiro confirmou a regularidade da prisão. Antônio Abrantes deve ser autuado por feminicídio e ocultação de cadáver.
A vítima, que mantinha um relacionamento de 28 anos com o suspeito, foi encontrada morta com um golpe de faca na região do abdômen. O corpo dela estava amarrado com grandes pedras em cada um dos membros, o que levou a polícia a suspeitar de ocultação de cadáver.
Familiares de Honorina relataram que ela saiu de casa no dia do desaparecimento dizendo que iria se encontrar com Antônio Abrantes para terminar o relacionamento entre eles. O policial, que era casado com outra mulher, foi preso em cumprimento a um mandado de prisão temporária.
De acordo com a Polícia Civil, Antônio Abrantes chegou a apresentar motivações falsas na tentativa de despistar as investigações, mas essas informações levavam a pessoas que não tinham relação com a professora.
O corpo de Honorina foi encontrado no Açude do Cais, em Cuité, três dias depois do seu desaparecimento. A polícia acredita que o responsável pelo crime tentou ocultar o cadáver jogando-o no açude, já que vestígios de sangue e outros indícios não foram encontrados nos arredores do local.
Antônio Abrantes está na carceragem do Segundo Batalhão de Polícia Militar de Campina Grande. Ele e a vítima tinham dois filhos juntos.