Pedro Sampaio se assume bissexual em show do Lollapalooza 

Fogos de artifício foram metralhados em direção ao céu quando Pedro Sampaio começou seu show no Lollapalooza nesta sexta-feira. O artista, que deixou de ser só DJ há anos para se arriscar no microfone também, estreou no festival paulistano com uma apresentação cheia de funk e pirotecnia.

Também destacou a pauta LGBTQIA+ ao exibir em telões figuras de vários artistas com suas respectivas orientações sexuais, como Lulu Santos, bissexual. Aproveitando, Sampaio também inseriu uma foto sua e assumiu essa legenda em frente a um público em polvorosa.

Sampaio abriu a apresentação com “No Chão Novinha“, uma parceria com Anitta. Ele viu as pessoas da plateia pularem e rebolarem com os olhos apontados para o alto, hipnotizadas pelos fogos de artifício e labaredas de fogo ejetados pelas laterais do palco.

O setlist mistura as músicas mais famosas de Sampaio com remixes de hits do pop internacional, numa seleção que inclui Rosalía, Lady Gaga e Beyoncé. Era quando o público mais se empolgava.

Sampaio vinha treinando para esse show no Lollapalooza faz tempo —até torceu o dedo num ensaio de dança. Ele arriscou mesmo uns passinhos no palco ao lado de dançarinos profissionais.

Mas sua malemolência só podia ser vista de verdade por quem estava em uma das primeiras fileiras da plateia. Sampaio desperdiçou os seis telões que ladeavam o palco para exibir vídeos de figuras coloridas e psicodélicas e cenas de seus clipes. Quem estava no meio ou no fundo da plateia mal enxergava o artista —foi preciso se contentar com o som, que pelo menos soava limpo o suficiente.

Pabllo Vittar subiu ao palco por menos de um minuto para uma participação especial em “Sal”, uma parceria de Sampaio com a drag queen. Não deu nem para sentir o gostinho da presença dela, que no ano passado causou um rebuliço no Lollapalooza ao levantar uma bandeira com o rosto do presidente Lula, do PT, durante seu show. Outro desperdício.

O triunfo de Sampaio foi fazer o Lollapalooza virar um baile funk. Em um festival marcado por música pop, indie ou rap, o DJ fez pessoas descerem com a bunda até o chão. As pessoas dançaram até suar, mesmo que sem vê-lo direito. O DJ se despediu dizendo que aquele tinha sido o melhor show da sua vida, num encerramento cheio de fogos de artifício e gritaria. Do Folha de São Paulo.