Paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor de Bolsonaro, recebeu dinheiro do PL; veja valor

Sigla prestou contas à Corte Eleitoral de nove depósitos, a partir de maio de 2023, com diferentes valores

Além de Jair Bolsonaro, o paraibano Tércio Arnaud, ex-assessor do ex-presidente, e outros três alvos da operação da Polícia Federal, que investiga uma organização que planejou dar um golpe de Estado, receberam dinheiro do PL no ano passado.

Tércio Arnaud foi contratado pelo PL para “serviços técnicos profissionais” e levou R$ 119.509,54 em um ano. A sigla prestou contas à Corte Eleitoral de nove depósitos, a partir de maio de 2023, com diferentes valores.

Veja:

31 de maio – R$ 14.509,54
20 de junho – R$ 15.000
31 de julho – R$ 11.161,25
31 de julho – R$ 3.838,75
31 de agosto – R$ 15.000
30 de setembro – R$ 15.000
31 de outubro – R$ 15.000
30 de novembro – R$ 15.000
28 de dezembro – R$ 15.000

Entenda:

Bolsonaro, atual presidente de honra do PL, e Valdemar Costa Neto, presidente da sigla, recebem o salário mensal de R$ 30,4 mil. Já o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, secretário de Relações Institucionais da legenda, ganha R$ 28,8 mil por mês.

No total, Braga Netto recebeu R$ 386.183,55 do partido em 2023, segundo prestação de contas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Foi a maior quantia entre os três políticos paga pela sigla. Foram feitos 14 depósitos ao ex-ministro, sendo dois em janeiro, no valor de R$ 24,8 mil, e dois em abril —um no dia 5 e outro no dia 30—, de R$ 28,8 mil.

Já Bolsonaro ganhou R$ 261.247,46, em nove parcelas, que começaram a ser depositadas em abril. A primeira foi de R$ 17,3 mil. A partir de maio, o valor chegou a R$ 30,4 mil.

Valdemar, que foi preso em flagrante ontem por posse ilegal de arma, levou R$ 377.371,12 ao todo em 2023. Foram 13 parcelas, de acordo com o TSE — duas em janeiro, de R$ 24,7 mil, e uma em março, de R$ 28,7 mil. Só a partir de abril passou a ser de R$ 30,4 mil.

O montante é pago com verbas públicas, do Fundo Partidário. Cada legenda recebe um valor calculado a partir do número de deputados eleitos.

Do Uol