Padre diz que mentiu sobre sequestro e cita tentativa de extorsão de R$ 50 mil

Pároco chegou a dizer que queria cometer suicídio e para isso, foi ao Litoral Sul do Estado e entrou no mar, com o objetivo de se afogar, mas não conseguiu

A Polícia Civil comunicou, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (26), que o padre José Gilmar, pároco da Paróquia Santa Teresinha, no bairro do Roger, em João Pessoa informou que mentiu ao relatar em seu depoimento que teria sido vítima de sequestro. Ele ainda afirmou que teria tentando cometer suicídio, após tentar desaparecer devido tentativa de extorsão de R$ 50 mil.

De acordo com os delegados, o padre chegou a dizer que queria cometer suicídio e para isso, foi ao Litoral Sul do Estado, dirigindo o próprio veículo e entrou no mar com o objetivo de se afogar, mas não conseguiu.

“O padre dizia que não tinha coragem de pegar o dinheiro que tinha acesso na igreja. Ele dizia que temia que algo de mal acontecesse. E em um gesto de desespero, já que o autor dessa extorsão deu um prazo para que ele resolvesse a pendência, o padre resolveu sair por volta das 11h30, alegando que iria fazer uma encomenda de um corpo que estava na mortuária. Durante a investigação, concluímos que ele não estava na Central de Velório”, destacou.

De acordo com a polícia, não é possível adiantar o motivo da tentativa de extorsão, mas as investigações sobre a nova versão continuam.

“Até o dia 16 de outubro, que ele apresentou essa versão de que havia sido sequestrado e que havia sido mantido em cativeiro. A Delegacia de Homicídios já tinha informações suficientes de que essa versão apresentada por ele não condizia com a verdade. Mas tivemos mais uma semana para trabalhar. Em parceria com dr Victor foi conduzida para dar continuidade a essa investigação”, destacou a delegada.