Ministério Público acusa torcedor do Botafogo-PB de injúria racial

O Ministério Público da Paraíba ofereceu denúncia, por injúria racial, contra o torcedor do Botafogo-PB que foi flagrado chamado o massagista do Campinense, Cleitinho, de “macaco”, durante o jogo de ida da final do Campeonato Paraibano deste ano. O fato aconteceu no dia 15 de maio, no Estádio Almeidão, que contou apenas com torcedores botafoguenses.

O episódio provavelmente passaria despercebido se não fossem os vídeos gravados e divulgados por parte da própria torcida do Botafogo-PB nas redes sociais, no dia seguinte. Nas imagens gravadas, o torcedor botafoguense é flagrado chamando alguém dentro do campo de “macaco”, fazendo gestos com as mãos espalmadas ao lado da cabeça e esfregando uma das mãos no antebraço, aparentemente sinalizando a cor da pele.

No dia seguinte ao jogo, os vídeos viralizaram, o que culminou na abertura de um Boletim de Ocorrência pelo Botafogo-PB, acusando seu próprio torcedor. Posteriormente, a vítima foi identificada: Cleitinho, o massagista do Campinense.

O inquérito da Polícia Civil foi finalizado há algumas semanas. No dia 21 de setembro, o Ministério Público da Paraíba ofereceu a denúncia e enquadrou o torcedor no parágrafo 3º do artigo 140 do Código Penal, que trata de injúria racial. A pena para esse crime é de um a três anos de prisão, além de multa. Do ge/PB.