Máscaras de tecido são eficientes contra nova variante do coronavírus?

Com o surgimento de novas variantes do coronavírus, aumentam as preocupações em relação a sua transmissão. O que se sabe, até então, é que essas novas cepas realmente são mais transmissíveis, o que deixa dúvidas sobre a eficácia das máscaras que estamos usando.

Em declaração ao site do Estadão, a infectologista e professora da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, e também consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), diz que as máscaras de tecido de trama fechada e de tecido duplo devem ser eficazes no bloqueio das novas variantes coronavírus. “Apesar da transmissão mais fácil pela nova variante, o vírus continua do mesmo tamanho e possivelmente a transmissão ainda se faz por meio das gotículas”, conta.

Porém, ainda não há uma pesquisa científica que comprove essa proteção vinda das máscaras de tecido na hora de bloquear as variantes, e a infectologista diz que ainda é cedo para fazer uma análise sobre isso. Então, até que seja divulgada uma comprovação, é preciso continuar mantendo os mesmos costumes de prevenção com o uso de máscara, evitando aglomerações, mantendo o distanciamento social e higienizando as mãos com frequência. Além disso, as máscaras devem ser trocadas após um período longo em exposição.

Independente de qual seja a variante em circulação, o vírus acaba sendo espalhado com mais facilidade quando não há todas as medidas de prevenção. Para Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e infectologista, “as máscaras caseiras de boa qualidade, bem ajustadas, de dupla ou tripla face, têm a mesma eficácia que as máscaras cirúrgicas na proteção”, comprovando a necessidade do seu uso.

Do Estadão