O jornalista Josinaldo Procópio Ramos, de Campina Grande, foi condenado pela Justiça da Paraíba a sete anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. De acordo com a sentença, Josinaldo abusou da então enteada, de seis anos de idade, em 2006.
A denúncia foi realizada pela própria vítima, apenas em 2021. Segundo ela, o crime aconteceu entre 2006 e 2009. O processo estava em segredo de Justiça até a condenação ser publicada.
Na época do crime, o jornalista era padrasto da vítima. Ela contou que os abusos começaram quando o seu irmão mais novo, filho dele, nasceu. Para fazê-la não contar para a mãe, Josinaldo dizia que o ato libidinoso era algo normal.
A vítima relatou, ainda, que os atos acontecia sempre que ela passava o fim de semana na casa da mãe. Ela morava com a avó e deixou de frequentar o local aos 9 anos, período em que os abusos deixaram de acontecer.
Ela relatou, ainda, que não havia denunciado antes por medo, mas que ao se tornar mãe decidiu contar. Por ver o jornalista convivendo com o seu filho, ela relata que teve medo que a história se repetisse, então decidiu fazer a denúncia.
Durante o julgamento, foram ouvidas a vítima, a mãe dela, duas testemunhas de acusação, um declarante, uma testemunha de defesa e o próprio jornalista. Conforme os autos, a mãe, uma prima e uma tia da vítima depuseram contra o réu.
Segundo a defesa de Josinaldo, tudo não passou de uma armação. No entanto, o juiz declarou na sentença que ele seria culpado. “As declarações da vítima são ricas em detalhes, sua descrição dos fatos é tão certa e precisa, que só quem realmente viveu tal situação poderia relatar”, disse o magistrado em sua decisão.
Josinaldo foi condenado a cumprir a pena inicialmente em regime semiaberto, no Presídio Regional do Serrotão. Ainda conforme a sentença, foi concedido ao réu o direito de apelar em liberdade, uma vez que já respondeu ao processo nesta condição. Com a condenação, o jornalista teve os direitos políticos suspensos.