Jornalista paraibana Rachel Sheherazade entra com processo contra o SBT

Apresentadora deixou os quadros da emissora de televisão de Silvio Santos após emitir opiniões contrárias ao presidente Jair Bolsonaro

A jornalista paraibana Rachel Sheherazade entrou com processo contra o SBT pedindo na Justiça a comprovação de vínculo empregatício dela no canal. Além disso, a apresentadora quer o pagamento de todos os direitos trabalhistas que acumulou durante quase 11 anos que exercia seu ofício na emissora. Na emissora de Silvio Santos, ela trabalhou como pessoa jurídica enquanto era contratada e ficou à frente do telejornal SBT Brasil.

A ação tramita na 3ª Vara do Trabalho de Osasco, cidade localizada na região metropolitana de São Paulo, onde fica a sede do SBT. O advogado que cuida do caso pela parte de Rachel é André Froes de Aguilar, que esclareceu sobre o objeto da ação.

“Ela pede na Justiça a comprovação de vínculo empregatício com o SBT durante o tempo em que trabalhou na emissora (quase 11 anos) e o pagamento de direitos trabalhistas. Iremos aguardar a regular tramitação da ação. (É a) famosa Fraude Trabalhista – Pejotização!”, explicou o jurista.

No fim de setembro do ano passado, a jornalista Paraíba deixou de apresentar o SBT Brasil e saiu da emissora. Em vídeo para a web, ela afirmou que o canal antecipou o fim de seu vínculo, previsto para encerrar em 31 de outubro, e a impediu de se despedir do público na TV. Sheherazade já havia sido punida por Silvio Santos após emitir opiniões contrárias ao presidente Jair Bolsonaro.

Antes de Rachel, Hermano Henning também processou SBT

Advogado de Rachel Sheherazade, André Froes é o mesmo mesmo profissional que defendeu Hermano Henning na saída do jornalista do canal paulista. Na ocasião, Hermano também havia pedido a comprovação do vínculo empregatício com o SBT.

“A única coisa que o Hermano recebeu nesses últimos 23 anos foi seu salário. Estamos pedindo o reconhecimento do vínculo deste período todo, como férias, 13º, FGTS, equiparação salarial com empregados da mesma função que ganhavam mais na empresa e o período que ele ficou na geladeira”, afirmou o advogado, à época. A causa de Herning gira em torno de R$ 20 milhões.