A Itália pretende disponibilizar para a população europeia cerca de 2 a 3 milhões de doses da vacina contra a covid-19 até o fim do ano. A informação foi divulgada no domingo (6), pelo ministro de Saúde do país, Roberto Speranza, em entrevista publicada no jornal Corriere della Sera.
De acordo com o ministro, a campanha de vacinação será gratuita e terá como prioridade os profissionais da saúde, crianças, idosos e pacientes com casos confirmados da doença em tratamento residencial.
“Quando a vacina chegar, o problema será decidir a quem dar. No início teremos algumas doses, dois ou três milhões. Minha proposta é que sejam gratuitas e que cheguem, primeiramente, aos profissionais da saúde, e aos idosos com patologias, principalmente, os que estão em residências”, disse Speranza.
As distribuições das vacinas na Itália – previstas para o fim do ano – serão realizadas pela agência farmacêutica Astra Zeneca. Com a campanha, o ministro Speranza enfatiza que o país possui potencial para minimizar a incidência do vírus no país.
“O outono não será fácil e acho que teremos que agir com a máxima cautela. Porém, estou otimista, vejo a luz no fim do túnel. Em alguns meses teremos resultados animadores tanto para tratamentos quanto para vacinas. Por enquanto temos que resistir”, concluiu.
A Itália acumula mais de 276 mil casos de contágio e 35.534 mortes com coronavírus desde o início da emergência no país em 21 de fevereiro. Apesar do Governo Europeu afirmar que a incidência do vírus ainda é alto no país, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, incentivou o retorno das atividades escolares para 14 de setembro.