“Se eu custo 1, não é pela prefeitura que vai me pagar meio. Todos nós temos contas para pagar, seja para prefeitura ou para shows privados. Eu sou um cara que faço pouquíssimos shows de prefeitura e, quando a gente às vezes faz algum, a gente é massacrado como se fosse um bandido, como se fosse um ladrão que tivesse roubando dinheiro público. E não é assim, gente. Eu sou um trabalhador normal”, afirmou.
Gusttavo Lima também citou o caso do helicóptero de um frigorífico plotado com a imagem do presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a aeronave pertence ao sócio dele.
“Ele tem a opinião política dele, ele faz a vida dele o que ele quiser (…) Eu sou um cara que, ultimamente, nem falo de política mais”, disse.
Por fim, o cantor se emocionou e disse que é 100% correto com as coisas dele e está à disposição de qualquer órgão para a veracidade dos fatos.
“Eu já trabalho para c**** para ter o meu dinheiro, eu não quero dinheiro do povo (…) De coração, eu juro para vocês que estou cansado, estou a ponto de jogar a toalha”, afirmou.
A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na Região Central de Minas Gerais, contratou um show do cantor Gusttavo Lima pelo valor de R$ 1,2 milhão. Ele se apresentaria na cidade no dia 20 de junho, durante a 30ª Cavalgada do Jubileu do Senhor Bom Jesus Do Matozinhos.
A apresentação foi cancelada após o g1 revelar que a verba empenhada para o show só poderia ser utilizada com saúde, educação e infraestrutura.
O evento está previsto para os dias 17 a 23 do próximo mês. O show da dupla Bruno e Marrone, que custaria R$ 520 mil, também foi cancelado. No total, os contratos disponíveis no portal da prefeitura ultrapassam a cifra de R$ 2,3 milhões.
Em nota, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro disse que os processos licitatórios para a contratação de Gusttavo Lima e os outros artistas “foram realizados dentro da legalidade”.
A contratação de show de Gusttavo Lima com uso de recursos públicos já é alvo de investigação do Ministério Público de Roraima (MPRR).
Do g1